Temos a despretenciosa e exclusiva finalidade de divulgar a nossa Doutrina Espírita. Oferecendo aos visitantes amigos links úteis sobre, noções básicas do Espiritismo, download de livros e palestras, biografia e história de Allan Kardec, endereços de Casas Espíritas, federações, artigos diversos, etc. Disponibilizamos também o "Espaço Francisco Cândido Xavier", contendo a sua história e biografia, livros psicografados, bibliografia, entrevistas, frases e ensinamentos, poesias, fotos e videos diversos.

27/07/2008

JUVENTUDE E O VELHO CONCEITO DE FELICIDADE


Comecemos o assunto, traçando algumas situações que nos provoquem uma análise madura sobre o conceito de felicidade. Na obra O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, encontramos, no Capítulo III, um comentário bastante oportuno. Vejamos: "se se encontrarem em um concerto dois homens, um, bom músico, de ouvido educado, e outro, desconhecedor da música, de sentido auditivo pouco delicado, o primeiro experimentará sensação de felicidade, enquanto o segundo permanecerá insensível, porque um compreende e percebe o que nenhuma impressão produz no outro". A felicidade é uma sensação, um estado de espírito.
Lin Yutang conta que um velho vivia com seu único filho, em um forte abandonado. Certo dia perdeu o seu cavalo, que lhe era um arrimo precioso. Os vizinhos, condoídos, vieram expressar-lhe o pesar pelo infortúnio. -"Como sabeis que é má sorte"? Obtemperou o ancião, aos visitantes.
Aconteceu que, poucos dias depois, o cavalo fujão regressou e trouxe, em sua companhia, uma verdadeira cavalhada. Os vizinhos vieram felicitá-lo por ter, surpreendentemente, ganho tantos cavalos, quando arriscou perder, unicamente, o seu. "Como sabeis que é boa sorte"? Redargüiu, novamente, o velho, tornando-se frio às efusivas felicitações.
Pois bem, o seu filho, excitado diante de tantos cavalos, desejou experimentar todos, com ansiedade, e fez tantas artes que caiu e quebrou uma perna. Apareceram, novamente, os vizinhos, apresentando-lhe os sentimentos, por tão desagradável acontecimento - "Como, ainda, sabeis que se trata de má sorte"? Vociferou o velho.
Eis que, poucos dias depois, estourou a guerra. Como seu filho estava com a perna quebrada, não foi convocado, deixando de padecer nas frentes de batalha e de morrer, estupidamente.
A atitude do velho, na história de Yutang, destaca a necessidade das referências essenciais para abalizarmos o conceito de relativa felicidade. No natural imediatismo da imaturidade, o jovem mergulha inteiro na busca das falazes conquistas que venha a despertar prazer, quase sempre ligado à libido, embrenhando-se nos cipoais das amarguras morais, que demandam longo tempo para cicatrizarem.
Que relação podemos apresentar ao jovem sobre os elementos de causa e efeito dos atos impensados e desregrados? O processo científico e tecnológico, em que pese as maravilhas que propiciou ao homem contemporâneo, criou os mais complexos meios de divulgação que, associando-se à ausência de uma moral sólida, geraram um vasto mecanismo de publicidade em torno das fraquezas juvenis, mormente as ligadas ao sexo. Observemos que a invasão dos filmes pornográficos, novelas imorais, propagandas levianas, revistas especializadas e músicas erotizantes estão poluindo a estrutura mental do jovem incauto. Nesse contexto, a juventude que busca a felicidade, sem padrões definidos pelo comportamento sadio, projeta-se em uma perspectiva cada vez mais próxima da derrocada dos valores éticos da sociedade.
Segundo o conceito espírita, pode-se afirmar que a felicidade é uma utopia, a cuja conquista as gerações se lançam, sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste Mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 20). O Cristo também estabeleceu que "a felicidade não é deste mundo", e o homem deve viver no mundo sem pertencer a ele.
Quanto ao jovem, urge superar os instintos, sublimando-os com as conquistas da razão, até, porque, necessariamente, não é "feliz" o homem em possuir ou deixar de possuir, mas pela forma como possui ou como encara a falta da posse, consoante ilustra Joanna de Ângelis.
A vida não passou em vão nos caminhos da jovem Florence Nightingale, a famosa "Dama de Lâmpada", que, renunciando à posse material (era rica), afastando-se do convívio do fausto da sociedade inglesa, deliberou abraçar, voluntariamente, a árdua tarefa de cuidar das vítimas da Guerra da Criméia, no Século XIX. Teve a oportunidade de encontrar a felicidade espiritual, por cuidar dos feridos de guerra, salvando inúmeras vidas, em nome do amor, deixando plantada na Terra a portentosa semente, que foi regada por Henri Dunant "Pai da Cruz Vermelha Internacional".
Em um mundo em que se chega a gastar oitocentos bilhões de dólares, por ano, na compra de armamentos, no chamado período de "paz", o que equivale a um gasto de um milhão e quatrocentos mil dólares, por minuto, nesse mesmo minuto, trinta crianças morrem de fome. Mais de trinta milhões de pessoas morrem de fome, por ano, segundo o presidente da Confederação Internacional de Crédito Agrícola, ao tempo em que um milionário compra, em um leilão, tacos de golfe, por quase um milhão de dólares. No Brasil, onde, aproximadamente, trinta milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais, como neuroses, índices bastante acentuados de pessoas com epilepsia, psicoses várias, esquizofrenia, além de seis milhões de alcoólatras, é fácil entender por que "a felicidade é um sentimento que a gente sente, quando sente que vai sentir um sentimento, que jamais sentiu"(?!...)
A mentora de Divaldo ensina que a felicidade é mediata, vazada na elaboração das fontes vitais da paz de todos, a começar hoje e nunca terminar, até porque, a alegria de fazer alguém feliz é a felicidade em forma de alegria.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

O CAPACETE


"Tomai também o capacete da salvação" - Paulo. (EFÉSIOS, 6:17.)
Se é justa a salvaguarda de membros importantes do corpo, com muito mais propriedade é imprescindível defender a cabeça, nos momentos de luta.
Aliás, é razoável considerar que os braços e as pernas nem sempre são requisitados a maiores dispêndios de energia.
A cabeça, porém, não descansa.
A sede do pensamento é um viveiro de trabalho incessante.
Necessário se faz resguardá-la, defendê-la.
Nos movimentos bélicos, o soldado preserva-a, através de recursos especiais.
Na luta diária mantida pelo discípulo de Jesus, igualmente não podemos esquecer o conselho do apóstolo aos gentios.
É indispensável que todo aprendiz do Evangelho tome o capacete da salvação,
simbolizado na cobertura mental de idéias sólidas e atitudes cristãs, estruturadas nas concepções do bem, da confiança e do otimismo sincero.
Teçamos, pois, o nosso capacete espiritual com os fios da coragem inquebrantável, da fé pura e do espírito de serviço. De posse dele enfrentaremos qualquer combate moral de grandes proporções.
Nenhum discípulo da Boa Nova olvide a sua condição de lutador.
As forças contrárias ao bem, meu amigo, alvejar-te-ão o mundo íntimo, através de todos os flancos. Defende a tua moradia interior. Examina o revestimento defensivo que vens usando, em matéria de desejos e crenças, de propósitos e idéias, para que os
projéteis da maldade não te alcancem por dentro.

Livro: Vinha de Luz
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

O PROBLEMA DA TENTAÇÃO


O educador, em aula, tentava explicar aos meninos que o móvel das tentações reside em nós mesmos; contudo, como os aprendizes mostravam muita dificuldade para compreender, ele se fez acompanhar pelos alunos até ao grande pátio do colégio.
Ai chegando, mandou trazer uma bela espiga de milho e perguntou aos rapazes:
— Qual de vocês desejaria devorar esta espiga tal como está?
Os jovens sorriram, zombeteiramente, e um deles exclamou:
— Ora vejam!... quem se animaria a comer milho cru?
O professor então mandou vir à presença deles um dos cavalos que serviam à escola, instalou alguns obstáculos à frente do animal e colocou a espiga ao dispor dele, sobre pequena mesa.
O grande eqüino saltou, lépido, os impedimentos e avançou, guloso, para o bocado.
O professor benevolente e amigo esclareceu, então, bondosamente, ante os alunos surpreendidos:
— A tentação nos procura, segundo os sentimentos que trazemos no campo íntimo. Quando cedemos a alguma fascinação indigna, é que a nossa vontade permanece fraca, diante dos nossos desejos inferiores. As forças que nos tentam correspondem aos nossos próprios impulsos. Não podemos imaginar ou querer aquilo que desconhecemos. Por esse motivo, necessitamos vigiar o cérebro e o coração, a fim de selecionarmos as sugestões que nos visitam o pensamento.
E, terminando, afirmou:
— As situações boas ou más, fora de nós, são iguais aos propósitos bons ou maus que trazemos conosco.

Livro: Pai Nosso
Espírito: Meimei
Médium: Francisco Cândido Xavier

20/07/2008

ESTÁ ORDENADO QUE O HOMEM MORRA SÓ UMA VEZ?


No Jornal do Brasil, de 27 de outubro de 1989, Dom Boaventura Kloppenburg, bispo de Novo Hamburgo/RS, escreve: O pensamento reencarnacionista pode ser compendiado em alguns pontos:
1 - Pluralidades das existências terrenas (já vivemos várias vezes em vários corpos na Terra),
2 - Progresso contínuo para a perfeição não se admitindo retrocesso na evolução,
3 - Conquista da luz por méritos próprios em cada existência física a alma avança na medida dos seus esforços,
4 - À medida que evolui, a alma assumirá um corpo mais sutil e menos material.
Escreve, ainda, o bispo: Segundo a teoria da reencarnação, a alma deve reencarnar por dois motivos: para expiar suas faltas de vidas anteriores e para progredir até a perfeição.
Depois dessa eloqüente demonstração de conhecimento sobre o tema, o religioso arremata: A unicidade da vida humana na Terra está na revelação cristã, uma vez que Paulo escreve aos Hebreus (cap.9:3) "está ordenado que o homem morra uma só vez e depois disso é o julgamento..." e prossegue em seu discurso: basta meditar os textos dos Evangelhos para constatar que Jesus, quando fala desta nossa atual vida, costuma atribuir-lhe um valor decisivo para toda a existência posterior à morte.
Taxativamente, Kloppenburg, conclui: Não há reencarnação, graças a Deus. (!!??)
Lembramos ao bispo que, ao contrário da sua assertiva "justificadora", Jesus ensinou que "é preciso nascer de novo" (João,cap.3:7) e, para os espíritas, as palavras do Cristo se sobrepõem a quaisquer outras. Sobre o documento evocado pelo clérigo, urge refletir que: A carta aos hebreus não possui o preâmbulo e o endereçamento característico de Paulo de Tarso em todas as suas epístolas. O autor, em suas 29 (vinte e nove) citações do Velho Testamento, usa a tradução grega. Paulo, por ter sido fariseu, era mais familiarizado com o texto hebraico e dele se utilizaria, principalmente para os hebreus. O estilo da carta é suave e, portanto, longe do enérgico estilo que Paulo imprimia em suas missivas e pregações.
Digamos que Paulo tenha esquecido seu estilo e escrito a carta. Nela, nada trata sobre a unicidade das existências ou, pelo menos, não faz defesa dessa idéia. Portanto, a frase evocada pelo bispo Boaventura não tem a significação que lhe quer dar, porque seria uma insensatez escrever uma carta tão longa, com o objetivo de combater a pluralidade das existências e, somente em uma única frase "perdida", referir-se àquilo que deseja defender. Outro deve ser, portanto, o sentido da frase.
Analisemos, pois, os trechos evangélicos com os olhos de ver e cientificaremos que o Cristo falou muito em reencarnação:
"Os discípulos, certa vez, perguntaram-Lhe: por que dizem os escribas, que é mister que Elias venha primeiro? Ensinou Jesus -Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas. Mas ele já veio e não o conheceram...Então, entenderam os discípulos que lhes dissera isto de João Batista"(Mateus,cap.17:10a13) Sobre isso, vejamos o que diz Malaquias (cap.4:5e6): "Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.....E ele converterá o coração dos pais para os filhos e vice-versa de modo que não ferireis mais de maldição a terra".
"Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher não surgiu outro maior que João Batista e o menor do reino celestial é maior que ele"(Mateus,cap.11:11) "porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quiserdes dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos de ouvir que ouça"(Mateus,cap.11:13a15).
"Chegando às portas de Cesarea de Felipo, interrogou seus discípulos, dizendo: quem dizem os homens que sou eu, o Filho do Homem? E eles responderam: uns dizem que és João Batista, outros, Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas"(Mateus,cap.16:13e14).
"Disse-lhe Ele: e vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo... E Jesus disse-lhe: bem-aventurado és tu, Simão Barjonas... (Mateus,cap.16:15a17)
Pela resposta dos discípulos, compreende-se que os judeus acreditavam na reencarnação e julgavam que Cristo tivesse sido um dos profetas. Caso contrário, não poderiam falar daquele modo e, nesse caso, Jesus, inclusive, nada disse que lhes contrariasse a suposição.
"E ao passar, viu Jesus um homem que era cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: Mestre, que pecado cometeu este homem ou cometeram seus pais para que nascesse cego? Respondeu-lhe o Cristo: Nem ele pecou, nem pecaram os seus pais; isto assim é para que nele se manifestem as obras do poder de Deus" (João,cap.9:1a3). Será que os discípulos pensavam que aquele homem, cego de nascença, "pecou" no ventre da mãe???
Em Mateus (cap.19:28), a palavra 'reencarnação' acha-se claramente expressa, vejamos: "em verdade vos digo que vós que me seguistes na reencarnação ( traduzida como regeneração para os evangélicos e renovação para os católicos) cada vez que o filho do homem se sentar no trono de sua glória sentareis também vós sobre doze tronos para julgamento das tribos de Israel". Se compararmos essa tradução com as demais que têm por aí, cientificaremos a omissão ocorrida pelo tradutor da Vulgata, que, certamente, por falta de fidedignidade, provocou a omissão, para provar que o Cristo nunca falou em reencarnação. No entanto, se consultarmos o original, em grego, veremos a palavra En Tei Paliggenesian como termo comum aos pitagóricos, para designar reencarnação.
"Havia um homem entre os fariseus, por nome Nicodemos, senador dos judeus. Numa noite, foi falar com Jesus e disse-lhe: Ninguém pode fazer o que fazes, se Deus não estiver presente. Jesus respondeu: Não pode ver o reino celeste, senão aquele que renascer. Nicodemos perguntou: Sendo velho pode o homem retornar ao ventre de sua mãe? Não admireis o que vos digo porquanto é preciso nascer de novo..." (João,cap.3:1a4 e7).
Por que nascem crianças com sérios distúrbios congênitos como hidrocefalia, síndrome de down, sífiles, hemofilia, esquizofrenia, AIDS e/ou graves cardiopatias? Na reencarnação, identificamos a Justiça Divina, corrigindo tiranos, suicidas, homicidas, viciados e libertinos de toda espécie, em vidas passadas.
A reencarnação é o mais legítimo mecanismo de aplicação dos Códigos de Deus. Com ela, também compreendemos as diferenças individuais, que a muitos têm desafiado, tornando explicáveis as intrincadas perquirições, quanto a crianças superdotadas, idéias inatas, tendências artísticas e culturais, instintos para virtudes e vícios, etc., mas que teimam sem respostas, ante os açodados argumentos psicopedagógicos. Por essa razão, não raro, encontramos crianças e jovens, portando um patrimônio moral e intelectivo, impossível de se adquirir em uma só existência física.
Pelo exposto, convidamos o respeitável sacerdote para refletir sobre a oportuníssima e genial frase inscrita no túmulo de Kardec: "Nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei".

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

NÃO ESTRAGUE O SEU DIA


A sua irritação não solucionará problema algum.

*

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

*

Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

*

O seu mau humor não modifica a vida.

*

A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

*

A sua tristeza não iluminará os caminhos.

*

O seu desânimo não edificará a ninguém.

*

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

*

As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

*

Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

Livro: Agenda Cristã
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

SEGUIR A VERDADE


“Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” — Paulo. (EFÉSIOS, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 15.)
Porque a verdade participa igualmente da condição relativa, inúmeros pensadores enveredam pelo negativismo absoluto, convertendo o materialismo em zona de extrema perturbação intelectual.
Como interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de apreciação comum?
Alardeando superioridade, o cientista oficioso assevera que o real não vai além das formas organizadas, à maneira do fanático que só admite revelação divina no círculo dos dogmas que abraça.
Paulo, no entanto, oferece indicação proveitosa aos que desejam penetrar o domínio do mais alto conhecimento.
É necessário seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-la na gaiola da definição limitada.
Convertamos em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta o progresso espiritual por resultante do esforço. Sem que atendamos a semelhante imperativo, seremos surpreendidos por vigorosos obstáculos no caminho da sublimação.
Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade possuída por nós, em amor aos semelhantes.
A compreensão pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão.
Sejamos, pois, verdadeiros, mas sejamos bons.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

13/07/2008

DIRIGIR NÃO É UM DIREITO MAS APENAS UMA PERMISSÃO


O problema é trágico quando se trata de acidentes de trânsito, no Brasil, causados por quem dirige alcoolizado. Por isso, foi promulgada uma nova lei estabelecendo normas mais rígidas para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor. A Lei nº 11.705, de 19 junho de 2008, assume tolerância zero com o álcool. Antes, um motorista podia ter, até, seis decigramas de álcool, por litro de sangue (índice alcoólico equivalente ao consumo de, aproximadamente, dois copos de cerveja). Agora, mais do que zero de álcool, é infração gravíssima.
É uma luta de Davi contra o Golias. É extremamente complicado bater de frente com a indústria da bebida, em especial a da cerveja, com as suas bilionárias campanhas publicitárias, que sorrateiramente associam álcool com o sucesso, a sensualidade, a jovialidade e para isso usam ícones populares da música e das novelas.
As indústrias de cervejas se mobilizam junto a políticos para impedir restrições à nefanda propaganda do álcool, um tóxico livre. Qualquer uma pessoa , até sem muito esforço de raciocínio, sabe que a cerveja, por seu teor de álcool, pode ser considerada uma droga psicoativa, capaz de alterar os estados mentais.
Há muito tempo escrevemos sobre a tragédia do consumo do álcool, porém a julgar pelo alarmante número de mortes violentas vinculada a bebida, como demonstra o trânsito de todo país, nós , que alertamos em nome do Cristo, estamos sendo derrotados ante a "felicidade sóbria" de quem está faturando o vil metal com a irresponsabilidade social.
Em verdade, por trás da tragédia do consumo do álcool, sabemos que o alcoolismo é um dos mais sérios problemas médico-sociais do mundo contemporâneo. Os especialistas se esforçam em buscar as causas prováveis da questão, e, dentre muitos outros fatores, destacam a gigantesca influência da propaganda bem produzida, veiculada pela mídia, especialmente na televisão.
Há estudos repletos de dados apontando que considerável parcela dos crimes está associada ao consumo de álcool, fator responsável por atropelamentos, homicídios e violências domésticas, entre muitos outros delitos.
Para fugir da punição, alguns defendem a tese de que ninguém, pela legislação brasileira, é obrigado a produzir prova contra si mesmo. No entanto, para o trânsito, as regras são outras, e quem as desobedecer estará sujeito às sanções penais cabíveis. Logo, prudente é que ninguém se recuse a fazer o teste de alcoolemia com o bafômetro sob quaisquer justificativas. Dirigir não é um direito, mas uma permissão do poder público, concedida apenas a quem se habilita e segue determinadas regras. Concordamos, plenamente, que dirigir seja, apenas, uma permissão. Logo, ou nos submetemos aos ditames das normas ou deixamos que outros dirijam por nós, o que é mais sensato.
De acordo com o art. 306 da lei, o condutor de veículo que apresentar teor de álcool, igual ou superior a seis decigramas por litro de sangue, é enquadrado como criminoso de trânsito. Nesse caso, o motorista está sujeito à prisão, de seis meses a três anos, além de ser multado, ter a carteira suspensa ou ficar proibido de tirar nova habilitação. Se uma pessoa, sob influência de álcool, se envolver em acidente, com lesão corporal, o crime passa a ser considerado doloso, com intenção de matar, ao invés de culposo, sem intenção de matar, como era previsto na lei anterior.
A obsessão, através do consumo de álcool, é mais generalizada do que parece. Num contexto social permissivo, o vício de ingestão de alcoólicos torna-se expressão de "status", atestando a decadência de um período histórico que passa lento e dolorido. Apesar dos danos que o álcool provoca na estrutura fisiopsicossomática, existem aqueles "especialistas" que alegam que o corpo físico necessita de pequenas quantidades dele. Ledo engano! Isso é veementemente contestado pelos estudiosos sensatos. O alcoolista não é somente um destruidor de si mesmo, mas, também, um veículo das trevas, ponte viva para as fontes arrasadoras do mal. A retórica permissiva do "inofensivo" drinque deve ser enterrada e, jamais, sob nenhuma alegação, deve ser exumada. Tudo começa com o primeiro gole. Depois vem a necessidade do segundo, do terceiro e assim por diante, posto que a dependência se instala sorrateiramente no organismo humano.
A legislação atual (graças a Deus!) proíbe condutores que tenham consumido qualquer dose de bebida alcoólica, tanto em vias urbanas, quanto em estradas rurais. Porém, para o período de indefinição, vale um decreto que permite aos motoristas, por enquanto, apresentar até dois decigramas de álcool por litro de sangue. Isso é o equivalente a um cálice de vinho para uma pessoa de 80 quilos. Uma taça de vinho significa um teor alcoólico, de dois a três decigramas por litro de sangue, o que configura infração, mesmo com a margem de tolerância que vai valer nos primeiros tempos da lei.
O que nos envergonha é que a própria família incentiva o consumo de alcoólicos. O número de jovens que dirige sob a influência do álcool é surpreendente, conforme nos revelam as pesquisas. Os jovens, de hoje, têm grande dificuldade em lidar com limites, e, por essa razão, a faixa etária dos que abusam do álcool diminuiu. Há dez anos, o alcoólatra de 40 anos começava a beber aos 17 ou 18 anos. Hoje, aos 12 ou 13. Isso significa que, daqui a uma década, teremos alcoólatras graves de, apenas, 35 anos, no auge da vida produtiva. É pertinente dizer que, se a pessoa beber dois chopes, a presença do álcool vai ser detectada pelo bafômetro, de três a seis horas, depois do consumo. Quantidades maiores podem ser registradas, até 12 horas, após a ingestão. Nada adianta driblar o agente de trânsito ou o bafômetro, com velhas e conhecidas artimanhas, como, por exemplo, tomar café, banho frio ou correr. Nada tira o efeito do álcool. Para isso, o único jeito é esperar que as horas passem ou não beber coisa alguma.
O adolescente se expõe, hoje, muito mais às hipnoses das bebidas da moda. Está se formando uma geração de dependência do álcool. Além de comprometer a saúde, há os riscos por dirigir embriagado. A violência é explícita e os traumatismos decorrentes de acidentes, por abuso do álcool, é a conseqüência. Existem mais de cem mil alcoolistas só em Brasília e boa porcentagem desse universo é constituído de jovens com menos de 17 anos de idade. Atualmente, o alcoolismo é o mais importante problema de saúde pública no Brasil.
O ideal é que não haja, na face da Terra, pessoas consumindo alcoólicos. Isso é possível, desde que queiram livrar-se desse mal. Para se adaptarem aos processos da educação, necessitam do esforço continuado (disciplina). Todas as conquistas do espírito se efetuam na base de lições vivificadas. O homem não se conserva no vício, senão porque quer permanecer nele; aquele que queira corrigir-se sempre encontrará recursos para se libertar dessa condição inferior. Se não fosse dessa forma, inexistiria, para nós, a lei do progresso, conforme demonstram os princípios espíritas.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

MAIS ALÉM


Não basta que sua boca esteja perfumada. É imprescindível que permaneça incapaz de ferir.

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É importante que suas mãos se mostrem limpas. É essencial, no entanto, verificar o que fazem.

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Bons ouvidos são, certamente, um tesouro. A Justiça Divina, porém, desejará saber como você ouve.

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Excelente visão é qualidade louvável. Todavia, é interessante notar como você está vendo a vida.

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Possuir saúde física é reter valioso dom. Mas é necessário considerar o que faz você do corpo sadio.

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Raciocínio claro é virtude. Entretanto é imperioso observar em que zona mental está você raciocinando.

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Bela imaginação é trazer consigo maravilhoso castelo. Convém reparar, porém, com que imagens você povoa o seu palácio interior.

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Grande emotividade é característico de riqueza íntima. Contudo, é preciso saber como gasta você as emoções.

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Possibilidades de produzir intensamente são recursos preciosos. No entanto, é imprescindível conhecer a substância daquilo que você produz.

*

Capacidade de prosseguir, vida afora, lepidamente, é uma bênção. Não se esqueça, todavia, da direção que seus pés vão tomando através dos caminhos.

Livro: Agenda Cristã
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

PENSAMENTOS


“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que épuro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” — Paulo. (FILIPENSES, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 8.)
Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.
É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.
Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

06/07/2008

RESPOSTAS DA CONSTRUÇÃO


Não permita que a ansiedade lhe desgaste as forças, ante os problemas da vida.
Numa simples construção, a serenidade e a disciplina nos fornecem diretrizes de atitude e proveito.
A pedra submeteu-se ao martelo e fez-se alicerce.
A madeira agüentou o serrote e converteu-se em utilidade do piso ao teto.
O barro suportou o fogo e ergueu-se em alvenaria.
O minério passou pelo calor de tensão alta e produziu o aço que estrutura a segurança.
O fio deixou-se prender e transformou-se em condutor de energia.
Agentes diversos da natureza se conjugaram e compõem a lâmpada para o serviço da luz.
Tudo na construção atende a planos de orientação e trabalho, obediência e equilíbrio.
Observemos a lição e analisemos o que estamos fazendo de nós na edificação do Eterno Bem.

Livro: Respostas da Vida
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

NUNCA DESFALECER


“Não permitas que os problemas externos, inclusive os do próprio corpo, te inabilitem para o serviço da tua iluminação.
Enquanto te encontras no plano de exercício, qual a crosta da Terra, sempre serás defrontado pela dificuldade e pela dor.
A lição dada é caminho para novas lições.
Atrás do enigma resolvido, outros enigmas aparecem.
Outra não pode ser a função da escola, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.
Enche-te, pois, de calma e bom ânimo, em todas as situações.
Foste colocado entre obstáculos mil de natureza estranha, para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a superar as tuas limitações.
Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar à nova luz, respirarás cercado de lágrimas inquietantes, de gestos impensados e de sentimentos escuros.
Dispõe-te a desculpar e auxiliar sempre, a fim de que não percas a gloriosa oportunidade de crescimento espiritual.
Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito cristão, no mundo, desde a vinda do Senhor.
Onde está o Sinédrio que condenou o Amigo Celeste à morte?
Onde os romanos vaidosos e dominadores?
Onde os verdugos da Boa Nova nascente?
Onde os guerreiros que fizeram correr, em torno do Evangelho, rios escuros de sangue e suor?
Onde os príncipes astutos que combateram e negociaram, em nome do Renovador Crucificado?
Onde as trevas da Idade Média?
Onde os políticos e inquisidores de todos os matizes, que feriram em nome do Excelso Benfeitor?
Arrojados pelo tempo aos despenhadeiros de cinza, fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que a figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no governo dos séculos.
Centraliza-te no esforço de ajudar no bem comum, seguindo com a tua cruz, ao encontro da ressurreição divina. Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que, antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando, e nunca desfalecer.

Livro: Fonte Viva
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

SEXO


"Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda a não ser para aquele que a tem por imunda." — Paulo. (ROMANOS, CAPÍTULO 14, VERSÍCULO 14.)
Quando Paulo de Tarso escreveu esta observação aos romanos, referia-se à alimentação que, na época, representava objeto de áridas discussões entre gentios e judeus.
Nos dias que passam, o ato de comer já não desperta polêmicas perigosas, entretanto, podemos tomar o versículo e projetá-lo noutros setores de falsa opinião.
Vejamos o sexo, por exemplo. Nenhum departamento da atividade terrestre sofre maiores aleives. Fundamente cego de espírito, o homem, de maneira geral, ainda não consegue descobrir aí um dos motivos mais sublimes de sua existência. Realizações das mais belas, na luta planetária, quais sejam as da aproximação das almas na paternidade e na maternidade, a criação e a reprodução das formas, a extensão da vida e preciosos estímulos ao trabalho e à regeneração foram proporcionadas pelo Senhor às criaturas, por intermédio das emoções sexuais; todavia, os homens menoscabam o “lugar santo”, povoando-lhe os altares com os fantasmas do desregramento.
O sexo fez o lar e criou o nome de mãe, contudo, o egoísmo humano deu-lhe em troca absurdas experimentações de animalidade, organizando para si mesmo provações cruéis.
O Pai ofereceu o santuário aos filhos, mas a incompreensão se constituiu em oferta deles. É por isto que romances dolorosos e aflitivos se estendem, através de todos os continentes da Terra.
Ainda assim, mergulhado em deploráveis desvios, pergunta o homem pela educação sexual, exigindo-lhe os programas. Sim, semelhantes programas poderão ser úteis; todavia, apenas quando espalhar-se a santa noção da divindade do poder criador, porque, enquanto houver imundície no coração de quem analise ou de quem ensine, os métodos não passarão de coisas igualmente imundas.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XX / Missão dos Espíritas

"Sim, vós todos, homens de boa fé, que credes na vossa inferioridade e olhais os mundos dispostos no infinito. Parti em cruzada contra a injustiça e a iniquidade... Ide, Deus vos conduz! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, e as populações atentas acolherão com alegria as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e paz."
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