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20/07/2008

ESTÁ ORDENADO QUE O HOMEM MORRA SÓ UMA VEZ?


No Jornal do Brasil, de 27 de outubro de 1989, Dom Boaventura Kloppenburg, bispo de Novo Hamburgo/RS, escreve: O pensamento reencarnacionista pode ser compendiado em alguns pontos:
1 - Pluralidades das existências terrenas (já vivemos várias vezes em vários corpos na Terra),
2 - Progresso contínuo para a perfeição não se admitindo retrocesso na evolução,
3 - Conquista da luz por méritos próprios em cada existência física a alma avança na medida dos seus esforços,
4 - À medida que evolui, a alma assumirá um corpo mais sutil e menos material.
Escreve, ainda, o bispo: Segundo a teoria da reencarnação, a alma deve reencarnar por dois motivos: para expiar suas faltas de vidas anteriores e para progredir até a perfeição.
Depois dessa eloqüente demonstração de conhecimento sobre o tema, o religioso arremata: A unicidade da vida humana na Terra está na revelação cristã, uma vez que Paulo escreve aos Hebreus (cap.9:3) "está ordenado que o homem morra uma só vez e depois disso é o julgamento..." e prossegue em seu discurso: basta meditar os textos dos Evangelhos para constatar que Jesus, quando fala desta nossa atual vida, costuma atribuir-lhe um valor decisivo para toda a existência posterior à morte.
Taxativamente, Kloppenburg, conclui: Não há reencarnação, graças a Deus. (!!??)
Lembramos ao bispo que, ao contrário da sua assertiva "justificadora", Jesus ensinou que "é preciso nascer de novo" (João,cap.3:7) e, para os espíritas, as palavras do Cristo se sobrepõem a quaisquer outras. Sobre o documento evocado pelo clérigo, urge refletir que: A carta aos hebreus não possui o preâmbulo e o endereçamento característico de Paulo de Tarso em todas as suas epístolas. O autor, em suas 29 (vinte e nove) citações do Velho Testamento, usa a tradução grega. Paulo, por ter sido fariseu, era mais familiarizado com o texto hebraico e dele se utilizaria, principalmente para os hebreus. O estilo da carta é suave e, portanto, longe do enérgico estilo que Paulo imprimia em suas missivas e pregações.
Digamos que Paulo tenha esquecido seu estilo e escrito a carta. Nela, nada trata sobre a unicidade das existências ou, pelo menos, não faz defesa dessa idéia. Portanto, a frase evocada pelo bispo Boaventura não tem a significação que lhe quer dar, porque seria uma insensatez escrever uma carta tão longa, com o objetivo de combater a pluralidade das existências e, somente em uma única frase "perdida", referir-se àquilo que deseja defender. Outro deve ser, portanto, o sentido da frase.
Analisemos, pois, os trechos evangélicos com os olhos de ver e cientificaremos que o Cristo falou muito em reencarnação:
"Os discípulos, certa vez, perguntaram-Lhe: por que dizem os escribas, que é mister que Elias venha primeiro? Ensinou Jesus -Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas. Mas ele já veio e não o conheceram...Então, entenderam os discípulos que lhes dissera isto de João Batista"(Mateus,cap.17:10a13) Sobre isso, vejamos o que diz Malaquias (cap.4:5e6): "Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.....E ele converterá o coração dos pais para os filhos e vice-versa de modo que não ferireis mais de maldição a terra".
"Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher não surgiu outro maior que João Batista e o menor do reino celestial é maior que ele"(Mateus,cap.11:11) "porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quiserdes dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos de ouvir que ouça"(Mateus,cap.11:13a15).
"Chegando às portas de Cesarea de Felipo, interrogou seus discípulos, dizendo: quem dizem os homens que sou eu, o Filho do Homem? E eles responderam: uns dizem que és João Batista, outros, Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas"(Mateus,cap.16:13e14).
"Disse-lhe Ele: e vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo... E Jesus disse-lhe: bem-aventurado és tu, Simão Barjonas... (Mateus,cap.16:15a17)
Pela resposta dos discípulos, compreende-se que os judeus acreditavam na reencarnação e julgavam que Cristo tivesse sido um dos profetas. Caso contrário, não poderiam falar daquele modo e, nesse caso, Jesus, inclusive, nada disse que lhes contrariasse a suposição.
"E ao passar, viu Jesus um homem que era cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: Mestre, que pecado cometeu este homem ou cometeram seus pais para que nascesse cego? Respondeu-lhe o Cristo: Nem ele pecou, nem pecaram os seus pais; isto assim é para que nele se manifestem as obras do poder de Deus" (João,cap.9:1a3). Será que os discípulos pensavam que aquele homem, cego de nascença, "pecou" no ventre da mãe???
Em Mateus (cap.19:28), a palavra 'reencarnação' acha-se claramente expressa, vejamos: "em verdade vos digo que vós que me seguistes na reencarnação ( traduzida como regeneração para os evangélicos e renovação para os católicos) cada vez que o filho do homem se sentar no trono de sua glória sentareis também vós sobre doze tronos para julgamento das tribos de Israel". Se compararmos essa tradução com as demais que têm por aí, cientificaremos a omissão ocorrida pelo tradutor da Vulgata, que, certamente, por falta de fidedignidade, provocou a omissão, para provar que o Cristo nunca falou em reencarnação. No entanto, se consultarmos o original, em grego, veremos a palavra En Tei Paliggenesian como termo comum aos pitagóricos, para designar reencarnação.
"Havia um homem entre os fariseus, por nome Nicodemos, senador dos judeus. Numa noite, foi falar com Jesus e disse-lhe: Ninguém pode fazer o que fazes, se Deus não estiver presente. Jesus respondeu: Não pode ver o reino celeste, senão aquele que renascer. Nicodemos perguntou: Sendo velho pode o homem retornar ao ventre de sua mãe? Não admireis o que vos digo porquanto é preciso nascer de novo..." (João,cap.3:1a4 e7).
Por que nascem crianças com sérios distúrbios congênitos como hidrocefalia, síndrome de down, sífiles, hemofilia, esquizofrenia, AIDS e/ou graves cardiopatias? Na reencarnação, identificamos a Justiça Divina, corrigindo tiranos, suicidas, homicidas, viciados e libertinos de toda espécie, em vidas passadas.
A reencarnação é o mais legítimo mecanismo de aplicação dos Códigos de Deus. Com ela, também compreendemos as diferenças individuais, que a muitos têm desafiado, tornando explicáveis as intrincadas perquirições, quanto a crianças superdotadas, idéias inatas, tendências artísticas e culturais, instintos para virtudes e vícios, etc., mas que teimam sem respostas, ante os açodados argumentos psicopedagógicos. Por essa razão, não raro, encontramos crianças e jovens, portando um patrimônio moral e intelectivo, impossível de se adquirir em uma só existência física.
Pelo exposto, convidamos o respeitável sacerdote para refletir sobre a oportuníssima e genial frase inscrita no túmulo de Kardec: "Nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei".

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XX / Missão dos Espíritas

"Sim, vós todos, homens de boa fé, que credes na vossa inferioridade e olhais os mundos dispostos no infinito. Parti em cruzada contra a injustiça e a iniquidade... Ide, Deus vos conduz! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, e as populações atentas acolherão com alegria as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e paz."
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