Temos a despretenciosa e exclusiva finalidade de divulgar a nossa Doutrina Espírita. Oferecendo aos visitantes amigos links úteis sobre, noções básicas do Espiritismo, download de livros e palestras, biografia e história de Allan Kardec, endereços de Casas Espíritas, federações, artigos diversos, etc. Disponibilizamos também o "Espaço Francisco Cândido Xavier", contendo a sua história e biografia, livros psicografados, bibliografia, entrevistas, frases e ensinamentos, poesias, fotos e videos diversos.

06/09/2008

DOUTRINA DOS ESPÍRITOS SEM JESUS NÃO FAZ SENTIDO


Mais uma vez levantamos a questão sobre o surradíssimo realejo dos que intentam banir o Cristo da Doutrina Espírita, para transformá-la - pasmem! - numa espécie de academia de "doutores antimísticos". Volto ao tema, porque tais confrades têm se colocado como vítimas da pecha de afugentadores do Mestre Maior das hostes doutrinárias. Trôpegos, cavalgam, suspirando a falácia de que peregrinam o calvário da xenofobia contra eles.
É evidente que há um estranho movimento de alguns confrades, para expulsar Jesus do Espiritismo ou, pelo menos, reduzi-lo a mera figura de segundo escalão no ideário espírita, iniciativa infeliz que esbarra na firme convicção do próprio Kardec, que o reconhece como a figura mais importante da Humanidade.
Os discípulos de Angeli Torterolli (aquele que insultou várias vezes Bezerra de Menezes no século XIX, na famigerada luta entre "místicos e científicos"), nos dias de hoje, alguns desenterram ossos e relembram-lhe o nome como uma das figuras mais expressivas(?!) e desconhecidas do movimento espírita brasileiro. Tais coveiros criticam Chico Xavier, a FEB e Emmanuel (na afirmação de que, por ter sido o Padre Manuel da Nóbrega, estava trazendo influência católica) para o Espiritismo e, - acreditem! - afirmam que o "Kardec brasileiro" era mariólatra e nunca abandonou sua simpatia pelo catolicismo.(?!)
Achincalham, até, a figura do pioneiríssimo Olympio Teles de Menezes, alcunhando-o de espiritólico, pois, que conciliava os princípios espíritas com algumas crenças católicas.
As trevas são poderosas? Claro! Atualmente, essas tropas, disfarçadas de espíritas, infiltradas no movimento doutrinário brasileiro, querem separar a parte científica, filosófica e religiosa da Doutrina, afirmando que o Espiritismo não é religião, ou seja, estão querendo colocar Jesus como coadjuvante do projeto do Espiritismo.
As hordas das regiões densas são poderosas e se "organizam", uma vez que têm, como meta, a retirada de Jesus dos estudos espíritas. Se conseguirem retirar o Cristo da Doutrina Espírita, a casa espírita se transforma em escola de fantoches da ilusão, vira circo mesmo, vira comédia! Se abolirmos os estudos evangélicos do projeto espírita, vira negócio estranho, lembrava nosso velho Chico.
Sejamos lúcidos e francos: Sem Jesus, o Espiritismo deteriora e acaba! Fazendo coro com as sábias palavras de Chico Xavier, relembramos que o Mestre Jesus está na nossa experiência cotidiana. Tanto é verdade, que em nossas agruras e dissabores pungentes, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é JESUS. (...)
No filosofismo desses obsedados, usa-se o reforço de palavras ocas, através de arranjos de definições e conceitos que sempre giram em torno de um mesmo eixo, qual rosca-sem-fim, e sem avanços efetivos. Confrades esses, encabrestados por astutos cavaleiros das brumas umbralinas, atestam que Kardec escreveu o Evangelho para apaziguar os teólogos, tentando uma aproximação com a Igreja (!) Nesse desenfreado galope de raciocínio, desrespeitam a seriedade do ínclito Druida de Lyon. Arremessam, na estribaria, o caráter ilibado de Kardec e a firmeza de suas convicções. O bom senso nos sussurra, obviamente, que os teólogos ortodoxos não ficaram satisfeitos com o terceiro livro do Pentateuco Kardeciano.
Pensam que é só isso? Não, tem mais! Então, vejamos: apregoam, esses vanguardeiros da arrogância, que é necessário atualizar e contextualizar o pensamento do Codificador. Que os centros espíritas precisam se transformar em centros de cultura espírita, sem as amarras do religiosismo decrépito e ultrapassado.
São, inequivocamente, andróides das trevas que espalham as esdrúxulas idéias: "Jesus é somente o emergir de um arquétipo plasmado no inconsciente coletivo". Nesse arroubo de supremo reducionismo, atestam que, de tudo quanto a civilização cristã reteve de Jesus, nesses dois milênios, muito mais há de mito. Enxovalham nossas mentes com afirmativa do tipo: -"Nosso Jesus não é o mítico Governador do Planeta, aquele que vive, entre "Anjos e Tronos", na bela ficção literária de Humberto de Campos" e, ainda, regurgitam outras pérolas frasais como: -"Nosso Jesus, inteiramente homem, não evoluiu em linha reta" e, mais ainda, cacarejam: -"Jesus não criou nenhuma nova moral. Apenas interpretou, adequadamente, aquela que sempre esteve no coração do homem por todos os tempos e lugares.! Que talento, hein! Tratam, o mais supremo dos homens como um "João ninguém".
Em que pese nossas palavras mais contundentes no texto, temos a dúlcida energia para afirmar que Jesus é o Governador espiritual do planeta e de todos os espíritos que nele se encontram. Suas faculdades morais e espirituais jamais poderemos definir em nossa paupérrima linguagem humana. Ele foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade. Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, o Cristo foi "Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus, é Diretor angélico do orbe e Síntese do amor divino". Sua lição, acima de editos e espadas, decretos e encíclicas, sobe sempre e cresce cada vez mais, na acústica profunda da audição humana, preparando os homens e a vida para a soberania do Amor Universal.
Embora seja Ele o centro de polêmicas e cogitações infindáveis, Jesus, para nós espíritas, foi, é, e sempre será a síntese da Ciência, da Filosofia e da Religião. Concretamente, a Doutrina dos Espíritos sem Jesus não faz sentido como uma Nova Ordem Espiritual para a Humanidade.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

PENSAR


O pensamento é a nossa capacidade criativa em ação. Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos disso.
A idéia forma a condição; a condição produz o efeito; o efeito cria o destino.
A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente... Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos, virá unicamente da mudança de seus pensamentos.
Imagine a sua existência como deseja deva ser e, trabalhando nessa linha de idéias, observará que o tempo lhe trará as realizações esperadas.
As leis do destino carregarão de volta a você tudo aquilo que você pense. Nesta verdade, encontramos tudo o que se relacione conosco, tanto no que se refere ao bem, quanto ao mal.
Observe e verificará que você mesmo atraiu para o seu campo de influência tudo o que você possui tudo aquilo que faz parte do seu dia-a-dia...
Deus é Amor e não pune criatura alguma. A própria criatura é que se culpa e se corrige, ante os falsos conceitos que alimente com relação a Deus.
Em nosso íntimo a liberdade de escolher é absoluta; depois da criação mental que nos pertence, é que nos reconhecemos naturalmente sujeitos a ela.
O Bem Eterno é a Lei Suprema; mantenha-se no bem a tudo e a todos e a vida se lhe converterá em fonte de bênçãos.
Através dos princípios mentais que nos regem, de tudo aquilo de nós que dermos aos outros, receberemos dos outros centuplicadamente.

Livro: Respostas da Vida
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

LIVRA-NOS DO MAL


O Senhor livrar-nos-á do mal; entretanto, é preciso que desejemos não errar.
Que dizer de um homem que pedisse socorro contra o incêndio, lançando gasolina à fogueira?
O reino da vida, com todas as suas notas de grandeza, pertence a Deus.
Todo o poder e toda a glória do Universo, todos os recursos e todas as possibilidades da existência são da Providência Divina, mas, em nosso círculo de ação, a vontade é nossa.
Se não ligamos nossos desejos à Lei do Bem, que procede do Céu, representando para nós a Vontade Paterna de Nosso Pai Celeste, não podemos aguardar harmonia e contentamento para o nosso coração.
Nas sombras do egoísmo, estaremos sozinhos, aflitos, perturbados e desalentados, porque egoísmo quer dizer felicidade somente para nós, contra a felicidade dos outros.
Deus permitiu que a vontade seja um patrimônio propriamente nosso, a fim de que possamos adquirir a liberdade e a grandeza, o amor e a sabedoria, por nós mesmos, como filhos de sua infinita bondade.
Por isso, se somos escravos das nossas criações que, por vezes, gastamos muito tempo a retificar, continuamos sempre livres para desejar e imaginar.
E sabemos que qualquer serviço ou realização começa em nossos sentimentos e pensamentos.
Saibamos, desse modo, conservar a nossa vontade à luz da consciência reta, porque, rogando a Deus nos liberte do mal, é preciso, por nossa vez, procurar o caminho do bem.

Livro: Pai Nosso
Espírito: Meimei
Médium: Francisco Cândido Xavier

30/08/2008

A PALAVRA DE ORDEM É: PERDOAR


Quase sempre quando nos sentimos injuriados, nossa tendência é aumentar o fato que nos desagradou. Se fomos ofendidos por esse ou aquele motivo, quase sempre encapsulamos o desejo de desforra e mantemos o "link" mental com as forças poderosas das trevas, que somadas a outras tantas potencializam as sombras de nossos desagravos.
Diante disto , predominam os núcleos formados pelo egoísmo e pelas paixões primitivas, porque nossos corações são duros e cremos que estamos sempre com razão. E quanto mais arraigados nesta certeza, mais esforço será necessário para que despertemos para a real necessidade do perdão. Mister tentemos entender o que ocasionou a ofensa. Por vezes, fomos nós mesmos os promotores dela, por algo que tenhamos dito ou feito.
Há casos e casos. A indignação é sentimento que, às vezes, se torna necessário diante da atitude descabida de alguém. Tal atitude não deve assumir, porém, o caráter da agressão nem do revide, devendo , sem dúvida, ser manifestada para que o outro perceba as conseqüências de seus atos. Contudo, em várias ocasiões , por gostar muito de alguém , relevamos suas atitudes inadequadas para conosco e com outros, confundindo os sentimentos e perdoando quando caberia a repreensão e advertência obrigatória.
Até porque perdão não significa conivência com o erro. O bom senso sussurra que atitudes como essas, isto é, perdoar e desculpar sem limites, incita o outro à prática do mesmo ato reprovável. Isto não é amor, mas, subserviência ou omissão.
Perdoar coisas leves contra nós mesmos é relativamente fácil, porém quando se trata de algo mais sério como um assassinato, um estupro, uma infidelidade conjugal por exemplo, a dificuldade de superação da mágoa aumenta consideravelmente. Por isso que a Doutrina Espírita leva refletir, que o perdão será sempre o sentimento que nas superações pessoais transcendem ao próprio ser.
Devemos dar o direito de a pessoa ser agressiva, mas não nos dar o direito de revidar a agressão. A raiva é semelhante a um raio. Pode provocar danos graves. É inesperada. Mas o rancor é calculado. É necessário que aprendamos a colocar um pára-raio e evitemos os tóxicos deste sentimento negativo. No entanto, esquecer ofensa depende da nossa memória. Muita coisa queremos esquecer e simplesmente não esquecemos. Sentimos o impacto e não temos como evitar a raiva, é fisiológico, reagimos no momento. Mas conservar a mágoa é da minha vontade. Se eu conservar a mágoa tenho um transtorno psicológico, sou masoquista, gosto de sofrer. Como seres emocionais sentimos o impacto da agressão, mas não devemos nos revoltarmos, e trabalhemos para esquecer.
Perdoar não é esquecer por esquecer. É compreender e colocar-nos no lugar do outro. O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e auto-superação. São claras as palavras de Jesus no evangelho de Mateus: "Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem e caluniam;". Jesus trata de uma das mais complexas dificuldades do ser humano: perdoar a quem nos ofende.
Desenvolvemos muitas doenças por que não conseguimos perdoar, isto é, cristalizamos nas mágoas os processos de vindita através das idéias obsessivas, cujas causas deslocam-se do campo íntimo em desarmonia exteriorizando-se no somático. Em verdade os estados mentais enfermos serão invariavelmente refletidos no corpo físico através de variada sintomatologia seja no ódio, no rancor, resultando, por via de conseqüência, em nossa prisão a influências inferiores, engendrando uma cadeia mórbida de patologias devastadoras.
O espírito de Manoel P. Miranda diz que "o ódio é fruto do egoísmo, do personalismo magoado, e Kardec comenta no Evangelho segundo o Espiritismo que "O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima do mal que lhes quiseram fazer."
Pesquisas modernas indicam que o ato de perdoar pode aplacar a tensão, reduzir a pressão sanguínea e diminuir a taxa de batimentos cardíacos. Perdoar, portanto, não é somente uma questão de conquista emocional e espiritual, é também uma questão de saúde. O Evangelista Mateus narra a passagem em que Jesus disse: "Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: 'Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?' - Respondeu-lhe Jesus: 'Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes".
Não resta dúvida que aprendendo a perdoar, estaremos promovendo nosso crescimento espiritual. A condição do verdadeiro perdão é o esquecimento. Mas não podemos deixar-nos encharcar de hipocrisia ao ponto de dizermos que já conseguimos isso com todos os que nos ofendem.
É certo que para nossas aparências sociais "o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o Espírito Evangelizado, perdão e esquecimento devem caminhar juntos embora prevaleça para todos os instantes da existência a necessidade de oração e vigilância. Aliás, a própria lei da reencarnação nos ensina que só o esquecimento do passado pode preparar a alvorada de redenção".
O Evangelho Segundo o Espiritismo no capítulo X dá a dimensão do perdão, na sua forma mais simples e mais agradável a Deus, levando-nos a refletir nas palavras do Mestre registradas por Mateus entre as Bem-Aventuranças: "Se perdoares aos homens as faltas que cometeram contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, si não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados". Jesus, aconselhou amar os nossos inimigos no enfoque de não devolver com a mesma moeda aquilo que nos foi desferido. Oferecendo, porém, a outra face, a face do bem, pois assim cortar-se-ia pela raiz os sentimentos de vingança.
Cabe aqui um registro de grande importância é o exercício do perdão na intimidade familiar. Não podemos perder de vista a suprema necessidade do perdão em família. Precisamos muito mais do perdão, dentro de casa, que na ribalta social, e muito mais de apoio recíproco no ambiente em que somos chamados a servir, que nas veredas ruidosa do mundo. E se Jesus nos ensinou perdoar setenta vezes sete aos nossos inimigos, quantas vezes deveremos perdoar aos amigos (familiares) que nos entretecem a alegria de viver dentro do ambiente doméstico?
Portanto, aconteça-nos o que acontecer, não cedamos, nunca, a pensamentos de rancor e de vingança; isto poria em ação forças destrutivas que, mais cedo ou mais tarde, reagiriam contra nós mesmos. Certamente, os agravos que nos façam não ficarão impunes, mas deixemos a cargo do Criador a justa correção.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

PENSAMENTOS


Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.
É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.
Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

ANTES DE SERVIR


Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados. A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta.
Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo.
A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza.
Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos. Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos.
O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir. Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal.
Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando. Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.
Podes começar hoje mesmo.
Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início. Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Meimei
Médium: Francisco Cândido Xavier

23/08/2008

FENÔMENOS DO ARREPENDIMENTO EM FACE DA CULPA E DA EXPIAÇÃO


Para o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda Ferreira "arrependimento" é uma insatisfação causada por violação de lei ou de conduta moral, e que resulta na livre aceitação do castigo e na disposição de evitar futuras violações. Essa é a definição da ética, e se refere mais particularmente à lei e à moral humanas. No aspecto religioso definine-se pela intensificação dos matizes de remorso que se instala na consciência ao ensejo de erro cometido e que pode impulsionar ao desiderato de mudança de comportamento e ao desejo de penitenciar-se.
Pela invigilância precipitamos nas síndromas de culpa [considerada aqui como uma falta voluntária a uma obrigação, ou a um princípio ético] irrompendo de súbito o remorso tisnado de múltiplos aspectos, impondo manchas de sombra à tessitura sutil do perispírito. Este estado de contrição, incessantemente potencializado pelo pulsar das reminiscências denegridas, consubstancia-se num vórtice mental, intoxicando-nos, pouco a pouco, espraiando ao nosso redor um halo contaminado pela desarmonia íntima, corrompendo, não raro, a psicosfera espiritual de quem compartilha nossa companhia. Este fenômeno psíquico se constitui do martírio da consciência e, por essa razão, densas e sombrias forças de angústias se insinuam.
Diversas pessoas moderadas, muitas vezes, por invigilância, tornam vítimas quase inermes do pensamento impetuoso, tornando-os mais acicatados na consciência do que os imprudentes. Muitas vezes sob o guante da excitação momentânea, que caracteriza a impulsividade, deixam-se abater por inconsolável arrependimento ,dando azo a um angustioso impacto de inquietação da consciência ante a condição tardia para desfazer o equívoco consumado.
É importante também sabermos que após cometermos um erro conscientemente, este pode propagar em nós a possibilidade de reabilitação, razão pelo qual não devemos nos entregar apáticos ao desalento ou remorso anestesiante. Por todos os motivos possíveis precisamos nos acautelar contra as atitudes intempestivas. Fujamos dos propósitos inferiores sob pena de mais tarde inevitavelmente sermos consumidos pela aflitiva sensação de contrição psíquica.
Ajuizemos quanto à direção dos próprios passos, de maneira a evitarmos o nevoeiro da aflição sob o acicate do pesar profundo que permanecerá em nós, advertindo sobre o mal praticado. Urge, desse modo, a busca do autoperdão, da auto-aceitação, da auto-estima estimulado pelo esforço de reequilibro espiritual, a fim de minimizar os reparos dos danos causados.
Os reveses da vida física podem significar penitências dos equívocos do passado e, ao mesmo tempo, experiências provacionais presentes, delineando o porvir. Desse modo, depreende-se que da dimensão de tais desventuras se possa inferir qual gênero foi a jornada reencarnatória anterior. Freqüentemente é isso possível, pois que cada um é corrigido naquilo por onde errou. Todavia, não há como interpretar daí uma regra universal. As tendências e fortes pendores instintivos constituem indício mais seguro, posto que os testemunhos por que passa o Espírito o são, tanto pelo que tange ao passado, quanto pelo que toca ao futuro.
Consoante as lições kardecianas , a duração da expiação, para qualquer transgressão, é indeterminada e está atrelada ao arrependimento do culpado com o conseqüente retorno ao bem. A punição permanece de acordo com a obstinação no mal, e seria infindo se a obstinação fosse permanente ; e de rápida duração se o arrependimento surge imediatamente. Diante disso, e como a consciência nunca dorme, somos constrangidos a ser juizes da própria sorte, podendo abreviar o suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Nossa felicidade, ou infelicidade depende da vontade de fazermos o bem. E, nesse contexto, a submissão paciente aos sofrimentos da vida é atitude de alto relevo para a consumação da quitação do débito contraído.
Nunca será redundante repetir-se que, assim como pensamos e agimos, edificaremos a existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento elegido. Suportar a dor da culpa e aproveitá-la para meditar, para orar, para se aproximar de Deus é a expressão da sabedoria, até porque Jesus nunca nos abandona, e espera de nós a atitude mais austera e sincera. Sofrendo a punição, que suplanta o orgulho, o egoísmo podemos ter a certeza de estarmos galgando superiores degraus na escala do crescimento espiritual.
Lembremo-nos, em suma, do ensinamento do Mestre, "vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda". Arrostemos, pois, o tormento do remorso, da consciência culpada, com denodo, resignação e sobretudo comprometidos com a reforma íntima. É tarefa fácil?... não! É difícil?... bastante! Um dos grandes desafios para nós. Mas é justamente no momento de acérrimas expiações que demonstramos ao Senhor da Vida a expressão do avanço moral sob o influxo da resignação que nos conduzirá à placidez da consciência retificada.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

NÃO SOMENTE


"Nem só de pão vive o homem".- Jesus. (MATEUS. 4:4).
Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.
Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.
Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.
Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.
Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável.
Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.
Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.
Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.
Não apenas flores, mas também frutos.
Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa.
Não só teoria excelente, mas também prática santificante.
Não apenas nós, mas igualmente os outros.
Disse o Mestre: - "Nem só de pão vive o homem".
Apliquemos o sublime conceito ao imenso campo do mundo.
Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever,
mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos
sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.

Livro: Fonte Viva
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

A FUGA


"E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado." - Jesus.
(MATEUS, 24:20.)
A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa. Para que alguém se
retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
Raramente, porém, a vitima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
Muita vez, é preciso violentar o próprio coração. Somente assim demandará novos planos.
Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral,
salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega o "inverno" ou os derradeiros recursos de tempo, recebidos para o
serviço humano.
Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades. Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas. Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão. E, naturalmente, o servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na segunda-feira, será obrigado a
recapitular a tarefa, sabe Deus quando!

Livro: Vinha de Luz
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

16/08/2008

ESPIRITISMO, MANANCIAL DAS ETERNAS VERDADES


Na Renascença, os grandes pensadores criticaram e questionaram a autoridade da Igreja de Roma, pelo fato de a produção intelectual, em sua grande parte, expressar uma dimensão religiosa. Em contraposição, buscaram a apropriação do conhecimento, partindo da observação objetiva da natureza, pela investigação experimental; em seguida, derivar conclusões, pela constatação, e, por fim, formulada a teoria, explicar e demonstrar a realidade observada, decorrendo uma ligação entre ciência e técnica racional. A primeira grande descoberta, da então ciência moderna, de que se tem notícia, foi a teoria da 'gravitação universal' de Isaac Newton, posteriormente às leis planetárias de Johannes Kepler e à lei da 'queda dos corpos' de Galileu Galilei. No Século XX, Albert Einstein, partindo de outros pressupostos das teses newtonianas, sobre gravitação universal, concluiu pela teoria 'da relatividade', uma abordagem diferente sobre as realidades do micro e do macrocosmo.
A clássica física era considerada a chave das respostas da vida do mundo material, estribada no determinismo mecanicista. Na década de 1920, as descobertas de Louis-Victor Broglie, no campo da física quântica, imprimem um novo sentido ao pensamento científico. Nesse momento, o físico alemão, Werner Karl Heisenberg, formula o princípio 'da incerteza' e, com ele, irrompe-se um 'irracionalismo' na ciência, que redimensionou a distância do homem ante as realidades da vida.
Os cientistas já não podiam mais proclamar que nada existia na vida que a ciência não pudesse explicar e que todas as coisas, fenômenos e ocorrências poderiam ser esclarecidos através de causas naturais. Em meio a essas discussões, surge Allan Kardec, que, inspirado pelos espíritos luminosos, sentenciou : Fé verdadeira é a que enfrenta frente a frente a razão em qualquer época da Humanidade, respondendo aos enigmas que insistiam em desafiar as inteligências, mesmo daqueles que confiavam nos determinismos tecnicistas do nec plus ultra dos muros acadêmicos.
Afinal, quem somos? Por que nascemos? Donde viemos e para onde vamos, após a desencarnação? Eram questões que o cientificismo, de então, não respondia. Desse modo, a revelação dos espíritos, numa hora de descobertas científicas e de desequilíbrios morais, trouxe luz à própria ciência, enceguecida momentaneamente pelos excessos da ritualística academista dos seus arautos. Os preceitos espíritas consubstanciam-se no manancial mais expressivo das verdades eternas. A sua missão perpassa pelo processo de reerguimento do edifício desmoronado da crença cristã. Suas lições nos remetem às mais profundas reflexões sobre a ciência evangélica, demonstrando que a maior força de convencimento está nas obras edificantes realizadas e no bom exemplo moral dos seus seguidores.
Sabemos que a clonagem, as viagens espaciais, a cibernética e a genética se acoplam ao processo de novas buscas científicas para o aperfeiçoamento das espécies, animal e vegetal, não ferindo as leis naturais, uma vez que temos que dispor de muito empenho na conquista da perfeição, e para a qual tende a própria natureza. Nesse desiderato, Deus se serve desse esforço cultural do homem, para o próprio homem.
O Espiritismo é o elo de ligação entre ciência e religião, ao mostrar as relações entre o mundo espiritual e corporal. A fé inteligente vencerá esse materialismo dominador, resultante de uma ciência capenga e uma religião cega. Há prenúncios de uma significativa revolução moral, sinalizando uma nova era para a Humanidade, e, nesse sentido, as relações sociais modificar-se-ão, sob o signo do verdadeiro progresso.
Distantes dos conflitos ideológicos, conseqüentes de discussões estéreis no campo intelectual, com o objetivo de endeusar o racionalismo, para justificar "certezas" das nomeadas ciências exatas, que se contrapõem às conhecidas ciências humanas, as lições do Cristo, como 'ciência da alma', irão representar o asilo dos aflitos, para os que ouvirem aquela misericordiosa exortação: Vinde a mim, vós que sofreis e tendes fome de justiça e eu vos aliviarei. Porém, para esse alívio, urge que estejamos dispostos a acompanhar o Mestre, tomando-Lhe a cruz e seguir-Lhe os passos.
Urge reconhecer, dessa forma, que a gênese de todas as religiões e de todas as ciências da Humanidade está no Coração Augusto de Jesus. Não queremos, com essa afirmação, divinizar sectariamente o "Príncipe da Luz", mas, apenas, lembrar a Sua majestosa ascendência sobre o Orbe que nos abriga.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

EIA AGORA


"Eia agora, vós que dizeis... amanhã.. ." - TIAGO, 4:13
Agora é o momento decisivo para fazer o bem.
Amanhã, provavelmente...
O amigo terá desaparecido.
A dificuldade estará maior.
A moléstia terá ficado mais grave.
A ferida, possivelmente, mostrar-se-á mais crescida de extensão.
O problema talvez surja mais complicado.
A oportunidade de ajudar não se fará repetida.
A boa semente plantada agora é uma garantia da produção valiosa no porvir.
A palavra útil pronunciada sem detença, será sempre uma luz no quadro em que vives.
Se, desejas ser desculpado de alguma falta, aproxima-te agora daqueles a quem feriste e revela o teu propósito de reajustamento.
Se te propões auxiliar o companheiro, ajuda-o sem demora para que a benção de teu concurso fraterno responda às necessidades de teu irmão, com a desejável eficiência.
Não durmas sobre a possibilidade de fazer o melhor.
Não te mantenhas na expectativa inoperante, quando podes contribuir em favor da alegria e da paz.
A dádiva tardia tem gosto de fel.
"Eia agora" - diz-nos o Evangelho, na palavra apostólica.
Adiar o bem que podemos realizar é desaproveitar o tempo e furtar do Senhor.

Livro: Fonte Viva
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

ALTERAÇÕES AFETIVAS


Pergunta - Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho
depois do nascimento deste? Resposta - Ao contrário: bem grande influência exercem.
Conforme dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros.
Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela
educação. Constitui-lhes nisso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho Item n° 208, de "O livro dos Espíritos".
Muito comum se alterem as condições afetivas, depois que o navio do casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da experiência. Converte-se, então, a esperança em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia. Em muitos casos, a altura da afeição permanece intacta; entretanto, na maioria das posições,
arrefece o calor em que se aquecia o casal nos dias primeiros da comunhão eponsalícia.
Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de soçobro, seja pelo choque contra os
rochedos ocultos das dificuldades morais ou pelo naufrágio nas águas mortas do desencanto. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na
escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia por dia. Não se inquiete o par, à frente das modificações ocorridas, de vez que toda afinidade correta, nas emoções do plano físico, evolui fatalmente para a ligação ideal, a exprimir-se na ternura confiante da amizade sem lindes. Extinta a fogueira da paixão na retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos destinos na Vida Superior. Isso acontece, porque os filhos que surgem são igualmente peças do matrimônio, compelindo o lar a recriar-se, de maneira incessante, em matéria de instituto endereçado ao trabalho de assistência recíproca. O carinho repartido, em princípio, a dois, passa a ser dividido por maior número de partícipes do núcleo familiar, e esses mesmos condomínios do estabelecimento caseiro, em muitas circunstâncias, são os associados da doce hipnose do namoro e do noivado, que mantinham nos pais jovens, ainda solteiros, a chama da atração entusiástica até a consumação do enlaçamento afetivo. Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora mais fortemente ao pai, ora mais especialmente ao campo materno, interessavam-se na Vida Maior pela constituição da família, à face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda. Em vista disso, cooperaram, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa, pelos processos da gravidez e do berço, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida. Em toda comunhão mais profunda do homem e da mulher na formação do grupo doméstico, seguida de filhos a lhes compartilhar a existência, há que contar com a sublimação espontânea do impulso sexual, cabendo ao companheiro e à companheira que o colocaram em função aderir aos propósitos da vida, que tudo renova para engrandecer e aperfeiçoar. Conquanto bastas vezes sejamos recalcitrantes na sustentação do amor egoístico, desvairado em exigências de toda espécie, a pouco e pouco acabamos por entender que apenas o amor que sabiamente se divide, em bênçãos de paz e alegria para com os outros, é capaz de multiplicar a verdadeira felicidade.

Livro: Vida e Sexo
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

10/08/2008

VIOLÊNCIA URBANA


O tráfico de drogas é um crime globalizado e desencadeia muitos outros crimes, tais como furtos e roubos, cujos índices demonstram que crescem a cada dia, principalmente entre seus usuários. As estatísticas mostram, igualmente, que a violência cresce à medida que aumenta a distribuição de drogas em determinadas regiões. Os governos deveriam ter um importante papel nessa questão das drogas, ou seja, saber aliar medidas de repressão a alternativas outras para os jovens, e promover o desenvolvimento social nessas áreas. É mister reprimir os criminosos, obviamente. Porém, junto a isso, urge o envolvimento, também, da sociedade em todo esse contexto, nas áreas onde eles atuam. Até porque, grande parte das dificuldades para controlar a criminalidade, deve-se à falta de investimento em programas culturais, em atividades esportivas e em áreas de lazer para esses jovens, e, fundamentalmente, a falta de infra-estrutura por parte do Estado.
Desse modo, a ausência do Estado forja os líderes do crime que "governam" as comunidades com as suas próprias "leis". É importante que todo governante invista em projetos de asfaltamento de ruas, ampliação da iluminação pública, recuperação das praças, construção de escolas e postos de saúde, controle dos horários dos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas nos locais mais afetados pela criminalidade. São medidas eficazes para reduzir a barbárie da violência urbana.
Infelizmente, a violência se fixou em caráter permanente em vários pontos do planeta. Em face disso, presenciamos os estertores urbanos das batalhas bélicas que têm aniquilado as bases da racionalidade humana.
Segundo noticiários mais recentes, o Rio de Janeiro vive uma situação muito semelhante à cidade de Medellín, na Colômbia dos anos 90. Os narcotraficantes controlam os territórios das favelas, e o aparelho policial do Estado tem extrema dificuldade em combatê-los, seja pela falta de coordenação entre os governos, nas suas diversas esferas, seja entre as polícias civil, militar, federal e as guardas municipais, ou, ainda, pela corrupção da própria polícia, etc. Lembramos que, nos anos 90, Bogotá, na Colômbia, era considera uma das cidades mais violentas do mundo, e conseguiu reduzir em 70% seu índice de violência urbana, em face das medidas sócio-educativas ali empreendidas.
O problema das drogas tornou-se uma calamidade pública, ceifando milhares de vidas e movimentando, interna e externamente, um dinheiro incalculável. Porém, por mais que o governo e a polícia combatam traficantes, nada será eficaz para lutar contra as drogas, senão a prática do Evangelho dentro do princípio do amor a Deus e ao semelhante.
Em nosso País, as penitenciárias, de hoje, lembram bastante as masmorras medievais. Os cárceres, atualmente, não servem para educar, pelo contrário, neutralizam a formação e o desenvolvimento de valores intrínsecos, estigmatizando o ser humano. As penitenciárias vêm funcionando como máquinas de reprodução da criminalidade. Tudo agravado pelo péssimo ambiente prisional, pela ausência de atividades produtivas e pela superlotação carcerária. Fatos esses que nos levam a testemunhar, pela mídia, as mais cruéis cenas de refrega entre criminosos e policiais, sobretudo no Rio de Janeiro e em São Paulo.
É evidente que as prisões são necessárias à detenção do infrator violento e perigoso, que se constitui em ameaça concreta para a sociedade, porém, ao infrator de menor potencial ofensivo, sem características de violência, devem ser aplicadas as "penas alternativas", lamentavelmente, ainda, muito pouco aplicadas no País. Em verdade, a violência de todos os matizes deslustra as conquistas sociológicas deste século. A brutalidade humana tem esmaecido o caminho para Deus. Até mesmo muitos de nós, espíritas, condenamos a violência alheia, no nosso dia-a-dia, ao invés de agirmos de forma pacífica e fraterna. Somos quais títeres, reagindo sempre de acordo com o que motivou a nossa indignação.
Analisando este quadro, fica explícita a condição de nosso mundo de expiações e provas, que se caracteriza pelo "domínio do mal". É necessário que identifiquemos, com mais profundidade, os agentes determinantes desse processo, para podermos intervir com racionalidade em nossa esfera de ação.
Quem estuda o Espiritismo, e se esforça por praticar seus preceitos, vê-se melhor instrumentalizado para a vida em sociedade nos tempos atribulados em que vivemos, encontrando conceitos lógicos e racionais para o entendimento da vida numa visão evangélica consciente. Os postulados Espíritas são antídotos para a violência, posto que quem o conheça, sabe que não se poderá eximir das suas responsabilidades sociais, e que o seu futuro será uma decorrência do presente. Nesse contexto, devemos considerar que o espírita-cristão deve se armar de sabedoria e de amor, para atender à luta que vem sendo desencadeada nos cenários da sociedade, concitando à concórdia e ao perdão, em qualquer conjuntura anárquica e perturbadora da vida moderna.
Torna imprescindível praticarmos o Evangelho nos vários setores da sociedade, contribuindo com a parcela de mansidão para pacificá-la. O homem moderno ainda não percebeu que somente a experiência do Evangelho pode estabelecer as bases da concórdia, da fraternidade e constituir os antídotos eficazes para minimizar a violência que ainda avassala a Terra.
As Casas Espíritas, como Prontos-Socorros espirituais, muito podem contribuir no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas, nas duas dimensões da vida, através de medidas que os incentivem ao estudo das Leis de Deus. O Centro Espírita, além de estimular as famílias à prática do Evangelho no Lar, oferece recursos socorristas de tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada, atendimento fraterno (trabalho assistencial que enseja o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, com fundamentação doutrinária a todos, indistintamente).
Destarte, intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Casas Espíritas, que nos casos de maior gravidade dos nossos assistidos, encaminhamos às instituições espíritas de socorro específico, clínicas, sanatórios, hospitais, etc.
Que nossas Casas Espíritas estejam sempre em sintonia com os ensinamentos das Obras Básicas e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

CULTIVA A PAZ


"E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela
voltará para vós." - Jesus. (LUCAS, 10:6.)
Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam,
voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência?
quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as íeis eternas.
Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
Exigem que a tranqüilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.
Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.
Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano
superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

Livro: Vinha de Luz
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

PRESENTES DE AMOR


Quando você houver beneficiado a alguém Consolide sua bondade sobre a dádiva que fez para que você não humilhe quem a recebe.
Não se oponha contra quem fale pelo simples prazer da contradita.
Preste uma informação sem desprimorar quem a solicita.
Converse sem desejar parecer maior ou melhor que os circunstantes.
Habitue-se a evitar confrontações para não ferir as suscetibilidades de quem ouve.
Tolere o apontamento menos feliz de algum amigo sem irritação e sem revide.
Cultive a paciência nos momentos difíceis, abstendo-se de agravar tribulações e problemas.
Não tente o coração alheio com promessa que não deseje e nem possa cumprir.
Atenda ao bem pela alegria de servir sem cobrar tributos de gratidão.
Não exija a cooperação dos outros em tarefas quevocê possa realizar por si mesmo.
Espalhando esses presentes de amor estará você efetuando na organização cambial da vida os seus melhores investimentos de Paz e Felicidade.

Livro: Respostas da Vida
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

03/08/2008

AS MUITAS FACES DA OBSESSÃO


Dentre as muitas psicopatologias graves de origem obsessiva, que afetam a infância, a mais constrangedora apresenta-se, principalmente, quando os desencarnados adversários acompanham a criança e, pelo sono, apresentam-se espiritualmente, no instante do parcial desprendimento, fazendo-a recordar dos deslizes morais de ontem, razão pela qual recua para o corpo, sob pesadelos atrozes, aos gritos e temores, que, com as perseguições futuras, as fixações enfermiças vão se instalando, transformando-se em lastimáveis subjugações.
A criança obsidiada apresenta comportamento diferente, incontrolável, mostrando-se ora agressiva, ora depressiva e, muitas vezes, tentando a autodestruição. Nesses casos, o mecanismo terapêutico é muito complexo, em face de uma enorme ausência de cooperação consciente do enfermo infantil. O passe magnético é recomendável, por envolver o doente em vibração de bem-estar, de harmonia e, ainda, neutraliza as descargas magnéticas negativas capazes de alcançá-lo.
Outras perseguições espirituais complicadas envolvem Espíritos vingadores, conscientes da condição de desencarnados, que sabem bem o que fazem e se comprazem nisso. O afastamento dessas criaturas não é nada fácil. Dominados pelo ódio, mostram-se intransigentes, irredutíveis, cristalizados de sentimentos inferiores e são refratários a todo tipo de tentativa de esclarecimento.
Muitos obsessores são hábeis e inteligentes, perfeitos estrategistas que planejam cada passo e acompanham as "vítimas" por algum tempo, observando suas tendências, seus relacionamentos, seus ideais. Identificam seus pontos vulneráveis (normalmente na área ligada ao comportamento sexual) e as exploram impiedosos.
Os problemas de saúde física também são campos férteis para semeaduras obsessivas. Como máquina, nosso corpo se encontra sujeito a desgastes naturais, até porque muitos obsidiados não sabem usá-lo de forma correta. Nesse sentido, os perseguidores do Além sabem explorar, até que o enfermo chegue à patologia de difícil diagnóstico.
O estado obsessivo procede da intimidade do homem, exteriorizando-se em forma de tormentos físicos, mentais e emocionais. Seus ingredientes de causa remontam de vidas passadas, de escorregões e quedas morais. Paixões, ódios, fanatismo, avareza e muitos outros fatores são as fontes geradoras da obsessão, que atualmente se constitui num dos mais terríveis flagelos da humanidade. Visitado pelos obsidiados, o Cristo penetrava psiquicamente nas causas da sua inquietude, e, usando de autoridade moral, libertava, tanto os obsessores, quanto os obsidiados, permitindo-lhes o despertar para a Vida, animados para a recuperação e à pacificação da própria consciência.
O Cristo não libertou os obsidiados, sem lhes impor a intransferível necessidade de renovação íntima, nem expulsou, os perseguidores inconscientes, sem fornecer-lhes o endereço de Deus. Em qualquer processo de ordem obsessiva, a parte mais importante do tratamento está reservada ao paciente. Sua fixação em permanecer no desequilíbrio constitui entraves de difícil remoção na terapia do refazimento. A terapia espírita é a do convite ao enfermo para a responsabilidade, convocando-o a uma auto-análise honesta, de modo a que ele possa destroçar, em definitivo, suas prevaricações.
Diante das teias das perseguições espirituais, a proposta terapêutica do Evangelho é a única portadora dos elementos da legítima libertação; portanto, o Cristo é o grande libertador a Quem todos devemos recorrer, auxiliando os doentes da alma que transitam, destrambelhados, fora da massa corporal.
Em Sua permanente energia amorosa, cônscio de Sua missão, Jesus ensinou que o mais poderoso antídoto contra a obsessão é o amor, pela experiência da caridade, da abnegação e do acrisolamento dos ideais.
Enquanto as luzes dos archotes culturais parecem esmaecidas pelos desvarios sexuais; pelas substâncias psicoativas; pela sede da posse material, a Doutrina Espírita chega ao mundo, apontando novos métodos de paz para os que sofrem os ressaibos amargosos da obsessão.
Esforcemo-nos pela vigília constante, para que nos libertemos da vergasta das obsessões, no firme propósito de modificação de hábitos e atitudes negativos, ingressando no seio dos valores enobrecedores da vida pela efetiva renovação íntima.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

ESTÁS DOENTE?


"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará," - TIAGO, 5:15.
Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é fonte criadora.
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?
De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?
Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?
Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.
Se estás doente, meu amigo.. acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança.
Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.
Foge à brutalidade.
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.
Não manches teu caminho.
Serve sempre.
Trabalha na extensão do bem.
Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

Livro: Fonte Viva
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

PARA AGIR MELHOR


Confie em Deus e em você mesmo para dirigir-se, mas entenda que você, por enquanto, ainda é um ser humano, sem ser um anjo.
Exercite auto-aceitação, a fim de não se marginalizar nas idealizações negativas.
Não chore sem consolo sobre as experiências que se lhe fazem necessárias, porque a lamentação repetida conduz simplesmente à solidão e a solidão, mesmo brilhante significa inutilidade e vazio.
Se você caiu em algum erro e consegue saber disso, já possue também discernimento bastante para retificar-se.
Guarde a lição do passado sem transportar consigo a embalagem dos problemas de que você a extraiu.
Compreendamos os outros nas lutas deles para sermos compreendidos em nossas dificuldades.
O tempo é um mercado de oportunidades constantes na construção que podemos aproveitar, quanto e quando quisermos.
Se você espera progresso e milagres em seu caminho não pare de trabalhar.
Garantindo saúde e paz, equilíbrio e segurança em favor da própria vida, aceite os outros tais quais são, sem alimentar inveja ou ressentimento.
Recorde os talentos que lhe inriquecem a personalidade e as bênçãos que lhe valorizam a existência e lembre-se que todo dia é momento de estender a prática do bem, esquecer o mal, aprender sempre mais e fazer o melhor.

Livro: Respostas da Vida
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

27/07/2008

JUVENTUDE E O VELHO CONCEITO DE FELICIDADE


Comecemos o assunto, traçando algumas situações que nos provoquem uma análise madura sobre o conceito de felicidade. Na obra O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, encontramos, no Capítulo III, um comentário bastante oportuno. Vejamos: "se se encontrarem em um concerto dois homens, um, bom músico, de ouvido educado, e outro, desconhecedor da música, de sentido auditivo pouco delicado, o primeiro experimentará sensação de felicidade, enquanto o segundo permanecerá insensível, porque um compreende e percebe o que nenhuma impressão produz no outro". A felicidade é uma sensação, um estado de espírito.
Lin Yutang conta que um velho vivia com seu único filho, em um forte abandonado. Certo dia perdeu o seu cavalo, que lhe era um arrimo precioso. Os vizinhos, condoídos, vieram expressar-lhe o pesar pelo infortúnio. -"Como sabeis que é má sorte"? Obtemperou o ancião, aos visitantes.
Aconteceu que, poucos dias depois, o cavalo fujão regressou e trouxe, em sua companhia, uma verdadeira cavalhada. Os vizinhos vieram felicitá-lo por ter, surpreendentemente, ganho tantos cavalos, quando arriscou perder, unicamente, o seu. "Como sabeis que é boa sorte"? Redargüiu, novamente, o velho, tornando-se frio às efusivas felicitações.
Pois bem, o seu filho, excitado diante de tantos cavalos, desejou experimentar todos, com ansiedade, e fez tantas artes que caiu e quebrou uma perna. Apareceram, novamente, os vizinhos, apresentando-lhe os sentimentos, por tão desagradável acontecimento - "Como, ainda, sabeis que se trata de má sorte"? Vociferou o velho.
Eis que, poucos dias depois, estourou a guerra. Como seu filho estava com a perna quebrada, não foi convocado, deixando de padecer nas frentes de batalha e de morrer, estupidamente.
A atitude do velho, na história de Yutang, destaca a necessidade das referências essenciais para abalizarmos o conceito de relativa felicidade. No natural imediatismo da imaturidade, o jovem mergulha inteiro na busca das falazes conquistas que venha a despertar prazer, quase sempre ligado à libido, embrenhando-se nos cipoais das amarguras morais, que demandam longo tempo para cicatrizarem.
Que relação podemos apresentar ao jovem sobre os elementos de causa e efeito dos atos impensados e desregrados? O processo científico e tecnológico, em que pese as maravilhas que propiciou ao homem contemporâneo, criou os mais complexos meios de divulgação que, associando-se à ausência de uma moral sólida, geraram um vasto mecanismo de publicidade em torno das fraquezas juvenis, mormente as ligadas ao sexo. Observemos que a invasão dos filmes pornográficos, novelas imorais, propagandas levianas, revistas especializadas e músicas erotizantes estão poluindo a estrutura mental do jovem incauto. Nesse contexto, a juventude que busca a felicidade, sem padrões definidos pelo comportamento sadio, projeta-se em uma perspectiva cada vez mais próxima da derrocada dos valores éticos da sociedade.
Segundo o conceito espírita, pode-se afirmar que a felicidade é uma utopia, a cuja conquista as gerações se lançam, sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste Mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 20). O Cristo também estabeleceu que "a felicidade não é deste mundo", e o homem deve viver no mundo sem pertencer a ele.
Quanto ao jovem, urge superar os instintos, sublimando-os com as conquistas da razão, até, porque, necessariamente, não é "feliz" o homem em possuir ou deixar de possuir, mas pela forma como possui ou como encara a falta da posse, consoante ilustra Joanna de Ângelis.
A vida não passou em vão nos caminhos da jovem Florence Nightingale, a famosa "Dama de Lâmpada", que, renunciando à posse material (era rica), afastando-se do convívio do fausto da sociedade inglesa, deliberou abraçar, voluntariamente, a árdua tarefa de cuidar das vítimas da Guerra da Criméia, no Século XIX. Teve a oportunidade de encontrar a felicidade espiritual, por cuidar dos feridos de guerra, salvando inúmeras vidas, em nome do amor, deixando plantada na Terra a portentosa semente, que foi regada por Henri Dunant "Pai da Cruz Vermelha Internacional".
Em um mundo em que se chega a gastar oitocentos bilhões de dólares, por ano, na compra de armamentos, no chamado período de "paz", o que equivale a um gasto de um milhão e quatrocentos mil dólares, por minuto, nesse mesmo minuto, trinta crianças morrem de fome. Mais de trinta milhões de pessoas morrem de fome, por ano, segundo o presidente da Confederação Internacional de Crédito Agrícola, ao tempo em que um milionário compra, em um leilão, tacos de golfe, por quase um milhão de dólares. No Brasil, onde, aproximadamente, trinta milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais, como neuroses, índices bastante acentuados de pessoas com epilepsia, psicoses várias, esquizofrenia, além de seis milhões de alcoólatras, é fácil entender por que "a felicidade é um sentimento que a gente sente, quando sente que vai sentir um sentimento, que jamais sentiu"(?!...)
A mentora de Divaldo ensina que a felicidade é mediata, vazada na elaboração das fontes vitais da paz de todos, a começar hoje e nunca terminar, até porque, a alegria de fazer alguém feliz é a felicidade em forma de alegria.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

O CAPACETE


"Tomai também o capacete da salvação" - Paulo. (EFÉSIOS, 6:17.)
Se é justa a salvaguarda de membros importantes do corpo, com muito mais propriedade é imprescindível defender a cabeça, nos momentos de luta.
Aliás, é razoável considerar que os braços e as pernas nem sempre são requisitados a maiores dispêndios de energia.
A cabeça, porém, não descansa.
A sede do pensamento é um viveiro de trabalho incessante.
Necessário se faz resguardá-la, defendê-la.
Nos movimentos bélicos, o soldado preserva-a, através de recursos especiais.
Na luta diária mantida pelo discípulo de Jesus, igualmente não podemos esquecer o conselho do apóstolo aos gentios.
É indispensável que todo aprendiz do Evangelho tome o capacete da salvação,
simbolizado na cobertura mental de idéias sólidas e atitudes cristãs, estruturadas nas concepções do bem, da confiança e do otimismo sincero.
Teçamos, pois, o nosso capacete espiritual com os fios da coragem inquebrantável, da fé pura e do espírito de serviço. De posse dele enfrentaremos qualquer combate moral de grandes proporções.
Nenhum discípulo da Boa Nova olvide a sua condição de lutador.
As forças contrárias ao bem, meu amigo, alvejar-te-ão o mundo íntimo, através de todos os flancos. Defende a tua moradia interior. Examina o revestimento defensivo que vens usando, em matéria de desejos e crenças, de propósitos e idéias, para que os
projéteis da maldade não te alcancem por dentro.

Livro: Vinha de Luz
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

O PROBLEMA DA TENTAÇÃO


O educador, em aula, tentava explicar aos meninos que o móvel das tentações reside em nós mesmos; contudo, como os aprendizes mostravam muita dificuldade para compreender, ele se fez acompanhar pelos alunos até ao grande pátio do colégio.
Ai chegando, mandou trazer uma bela espiga de milho e perguntou aos rapazes:
— Qual de vocês desejaria devorar esta espiga tal como está?
Os jovens sorriram, zombeteiramente, e um deles exclamou:
— Ora vejam!... quem se animaria a comer milho cru?
O professor então mandou vir à presença deles um dos cavalos que serviam à escola, instalou alguns obstáculos à frente do animal e colocou a espiga ao dispor dele, sobre pequena mesa.
O grande eqüino saltou, lépido, os impedimentos e avançou, guloso, para o bocado.
O professor benevolente e amigo esclareceu, então, bondosamente, ante os alunos surpreendidos:
— A tentação nos procura, segundo os sentimentos que trazemos no campo íntimo. Quando cedemos a alguma fascinação indigna, é que a nossa vontade permanece fraca, diante dos nossos desejos inferiores. As forças que nos tentam correspondem aos nossos próprios impulsos. Não podemos imaginar ou querer aquilo que desconhecemos. Por esse motivo, necessitamos vigiar o cérebro e o coração, a fim de selecionarmos as sugestões que nos visitam o pensamento.
E, terminando, afirmou:
— As situações boas ou más, fora de nós, são iguais aos propósitos bons ou maus que trazemos conosco.

Livro: Pai Nosso
Espírito: Meimei
Médium: Francisco Cândido Xavier

20/07/2008

ESTÁ ORDENADO QUE O HOMEM MORRA SÓ UMA VEZ?


No Jornal do Brasil, de 27 de outubro de 1989, Dom Boaventura Kloppenburg, bispo de Novo Hamburgo/RS, escreve: O pensamento reencarnacionista pode ser compendiado em alguns pontos:
1 - Pluralidades das existências terrenas (já vivemos várias vezes em vários corpos na Terra),
2 - Progresso contínuo para a perfeição não se admitindo retrocesso na evolução,
3 - Conquista da luz por méritos próprios em cada existência física a alma avança na medida dos seus esforços,
4 - À medida que evolui, a alma assumirá um corpo mais sutil e menos material.
Escreve, ainda, o bispo: Segundo a teoria da reencarnação, a alma deve reencarnar por dois motivos: para expiar suas faltas de vidas anteriores e para progredir até a perfeição.
Depois dessa eloqüente demonstração de conhecimento sobre o tema, o religioso arremata: A unicidade da vida humana na Terra está na revelação cristã, uma vez que Paulo escreve aos Hebreus (cap.9:3) "está ordenado que o homem morra uma só vez e depois disso é o julgamento..." e prossegue em seu discurso: basta meditar os textos dos Evangelhos para constatar que Jesus, quando fala desta nossa atual vida, costuma atribuir-lhe um valor decisivo para toda a existência posterior à morte.
Taxativamente, Kloppenburg, conclui: Não há reencarnação, graças a Deus. (!!??)
Lembramos ao bispo que, ao contrário da sua assertiva "justificadora", Jesus ensinou que "é preciso nascer de novo" (João,cap.3:7) e, para os espíritas, as palavras do Cristo se sobrepõem a quaisquer outras. Sobre o documento evocado pelo clérigo, urge refletir que: A carta aos hebreus não possui o preâmbulo e o endereçamento característico de Paulo de Tarso em todas as suas epístolas. O autor, em suas 29 (vinte e nove) citações do Velho Testamento, usa a tradução grega. Paulo, por ter sido fariseu, era mais familiarizado com o texto hebraico e dele se utilizaria, principalmente para os hebreus. O estilo da carta é suave e, portanto, longe do enérgico estilo que Paulo imprimia em suas missivas e pregações.
Digamos que Paulo tenha esquecido seu estilo e escrito a carta. Nela, nada trata sobre a unicidade das existências ou, pelo menos, não faz defesa dessa idéia. Portanto, a frase evocada pelo bispo Boaventura não tem a significação que lhe quer dar, porque seria uma insensatez escrever uma carta tão longa, com o objetivo de combater a pluralidade das existências e, somente em uma única frase "perdida", referir-se àquilo que deseja defender. Outro deve ser, portanto, o sentido da frase.
Analisemos, pois, os trechos evangélicos com os olhos de ver e cientificaremos que o Cristo falou muito em reencarnação:
"Os discípulos, certa vez, perguntaram-Lhe: por que dizem os escribas, que é mister que Elias venha primeiro? Ensinou Jesus -Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas. Mas ele já veio e não o conheceram...Então, entenderam os discípulos que lhes dissera isto de João Batista"(Mateus,cap.17:10a13) Sobre isso, vejamos o que diz Malaquias (cap.4:5e6): "Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.....E ele converterá o coração dos pais para os filhos e vice-versa de modo que não ferireis mais de maldição a terra".
"Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher não surgiu outro maior que João Batista e o menor do reino celestial é maior que ele"(Mateus,cap.11:11) "porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quiserdes dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos de ouvir que ouça"(Mateus,cap.11:13a15).
"Chegando às portas de Cesarea de Felipo, interrogou seus discípulos, dizendo: quem dizem os homens que sou eu, o Filho do Homem? E eles responderam: uns dizem que és João Batista, outros, Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas"(Mateus,cap.16:13e14).
"Disse-lhe Ele: e vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo... E Jesus disse-lhe: bem-aventurado és tu, Simão Barjonas... (Mateus,cap.16:15a17)
Pela resposta dos discípulos, compreende-se que os judeus acreditavam na reencarnação e julgavam que Cristo tivesse sido um dos profetas. Caso contrário, não poderiam falar daquele modo e, nesse caso, Jesus, inclusive, nada disse que lhes contrariasse a suposição.
"E ao passar, viu Jesus um homem que era cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: Mestre, que pecado cometeu este homem ou cometeram seus pais para que nascesse cego? Respondeu-lhe o Cristo: Nem ele pecou, nem pecaram os seus pais; isto assim é para que nele se manifestem as obras do poder de Deus" (João,cap.9:1a3). Será que os discípulos pensavam que aquele homem, cego de nascença, "pecou" no ventre da mãe???
Em Mateus (cap.19:28), a palavra 'reencarnação' acha-se claramente expressa, vejamos: "em verdade vos digo que vós que me seguistes na reencarnação ( traduzida como regeneração para os evangélicos e renovação para os católicos) cada vez que o filho do homem se sentar no trono de sua glória sentareis também vós sobre doze tronos para julgamento das tribos de Israel". Se compararmos essa tradução com as demais que têm por aí, cientificaremos a omissão ocorrida pelo tradutor da Vulgata, que, certamente, por falta de fidedignidade, provocou a omissão, para provar que o Cristo nunca falou em reencarnação. No entanto, se consultarmos o original, em grego, veremos a palavra En Tei Paliggenesian como termo comum aos pitagóricos, para designar reencarnação.
"Havia um homem entre os fariseus, por nome Nicodemos, senador dos judeus. Numa noite, foi falar com Jesus e disse-lhe: Ninguém pode fazer o que fazes, se Deus não estiver presente. Jesus respondeu: Não pode ver o reino celeste, senão aquele que renascer. Nicodemos perguntou: Sendo velho pode o homem retornar ao ventre de sua mãe? Não admireis o que vos digo porquanto é preciso nascer de novo..." (João,cap.3:1a4 e7).
Por que nascem crianças com sérios distúrbios congênitos como hidrocefalia, síndrome de down, sífiles, hemofilia, esquizofrenia, AIDS e/ou graves cardiopatias? Na reencarnação, identificamos a Justiça Divina, corrigindo tiranos, suicidas, homicidas, viciados e libertinos de toda espécie, em vidas passadas.
A reencarnação é o mais legítimo mecanismo de aplicação dos Códigos de Deus. Com ela, também compreendemos as diferenças individuais, que a muitos têm desafiado, tornando explicáveis as intrincadas perquirições, quanto a crianças superdotadas, idéias inatas, tendências artísticas e culturais, instintos para virtudes e vícios, etc., mas que teimam sem respostas, ante os açodados argumentos psicopedagógicos. Por essa razão, não raro, encontramos crianças e jovens, portando um patrimônio moral e intelectivo, impossível de se adquirir em uma só existência física.
Pelo exposto, convidamos o respeitável sacerdote para refletir sobre a oportuníssima e genial frase inscrita no túmulo de Kardec: "Nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei".

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

NÃO ESTRAGUE O SEU DIA


A sua irritação não solucionará problema algum.

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As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

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Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

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O seu mau humor não modifica a vida.

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A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

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A sua tristeza não iluminará os caminhos.

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O seu desânimo não edificará a ninguém.

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As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

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As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

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Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

Livro: Agenda Cristã
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

SEGUIR A VERDADE


“Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” — Paulo. (EFÉSIOS, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 15.)
Porque a verdade participa igualmente da condição relativa, inúmeros pensadores enveredam pelo negativismo absoluto, convertendo o materialismo em zona de extrema perturbação intelectual.
Como interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de apreciação comum?
Alardeando superioridade, o cientista oficioso assevera que o real não vai além das formas organizadas, à maneira do fanático que só admite revelação divina no círculo dos dogmas que abraça.
Paulo, no entanto, oferece indicação proveitosa aos que desejam penetrar o domínio do mais alto conhecimento.
É necessário seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-la na gaiola da definição limitada.
Convertamos em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta o progresso espiritual por resultante do esforço. Sem que atendamos a semelhante imperativo, seremos surpreendidos por vigorosos obstáculos no caminho da sublimação.
Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade possuída por nós, em amor aos semelhantes.
A compreensão pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão.
Sejamos, pois, verdadeiros, mas sejamos bons.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

13/07/2008

DIRIGIR NÃO É UM DIREITO MAS APENAS UMA PERMISSÃO


O problema é trágico quando se trata de acidentes de trânsito, no Brasil, causados por quem dirige alcoolizado. Por isso, foi promulgada uma nova lei estabelecendo normas mais rígidas para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor. A Lei nº 11.705, de 19 junho de 2008, assume tolerância zero com o álcool. Antes, um motorista podia ter, até, seis decigramas de álcool, por litro de sangue (índice alcoólico equivalente ao consumo de, aproximadamente, dois copos de cerveja). Agora, mais do que zero de álcool, é infração gravíssima.
É uma luta de Davi contra o Golias. É extremamente complicado bater de frente com a indústria da bebida, em especial a da cerveja, com as suas bilionárias campanhas publicitárias, que sorrateiramente associam álcool com o sucesso, a sensualidade, a jovialidade e para isso usam ícones populares da música e das novelas.
As indústrias de cervejas se mobilizam junto a políticos para impedir restrições à nefanda propaganda do álcool, um tóxico livre. Qualquer uma pessoa , até sem muito esforço de raciocínio, sabe que a cerveja, por seu teor de álcool, pode ser considerada uma droga psicoativa, capaz de alterar os estados mentais.
Há muito tempo escrevemos sobre a tragédia do consumo do álcool, porém a julgar pelo alarmante número de mortes violentas vinculada a bebida, como demonstra o trânsito de todo país, nós , que alertamos em nome do Cristo, estamos sendo derrotados ante a "felicidade sóbria" de quem está faturando o vil metal com a irresponsabilidade social.
Em verdade, por trás da tragédia do consumo do álcool, sabemos que o alcoolismo é um dos mais sérios problemas médico-sociais do mundo contemporâneo. Os especialistas se esforçam em buscar as causas prováveis da questão, e, dentre muitos outros fatores, destacam a gigantesca influência da propaganda bem produzida, veiculada pela mídia, especialmente na televisão.
Há estudos repletos de dados apontando que considerável parcela dos crimes está associada ao consumo de álcool, fator responsável por atropelamentos, homicídios e violências domésticas, entre muitos outros delitos.
Para fugir da punição, alguns defendem a tese de que ninguém, pela legislação brasileira, é obrigado a produzir prova contra si mesmo. No entanto, para o trânsito, as regras são outras, e quem as desobedecer estará sujeito às sanções penais cabíveis. Logo, prudente é que ninguém se recuse a fazer o teste de alcoolemia com o bafômetro sob quaisquer justificativas. Dirigir não é um direito, mas uma permissão do poder público, concedida apenas a quem se habilita e segue determinadas regras. Concordamos, plenamente, que dirigir seja, apenas, uma permissão. Logo, ou nos submetemos aos ditames das normas ou deixamos que outros dirijam por nós, o que é mais sensato.
De acordo com o art. 306 da lei, o condutor de veículo que apresentar teor de álcool, igual ou superior a seis decigramas por litro de sangue, é enquadrado como criminoso de trânsito. Nesse caso, o motorista está sujeito à prisão, de seis meses a três anos, além de ser multado, ter a carteira suspensa ou ficar proibido de tirar nova habilitação. Se uma pessoa, sob influência de álcool, se envolver em acidente, com lesão corporal, o crime passa a ser considerado doloso, com intenção de matar, ao invés de culposo, sem intenção de matar, como era previsto na lei anterior.
A obsessão, através do consumo de álcool, é mais generalizada do que parece. Num contexto social permissivo, o vício de ingestão de alcoólicos torna-se expressão de "status", atestando a decadência de um período histórico que passa lento e dolorido. Apesar dos danos que o álcool provoca na estrutura fisiopsicossomática, existem aqueles "especialistas" que alegam que o corpo físico necessita de pequenas quantidades dele. Ledo engano! Isso é veementemente contestado pelos estudiosos sensatos. O alcoolista não é somente um destruidor de si mesmo, mas, também, um veículo das trevas, ponte viva para as fontes arrasadoras do mal. A retórica permissiva do "inofensivo" drinque deve ser enterrada e, jamais, sob nenhuma alegação, deve ser exumada. Tudo começa com o primeiro gole. Depois vem a necessidade do segundo, do terceiro e assim por diante, posto que a dependência se instala sorrateiramente no organismo humano.
A legislação atual (graças a Deus!) proíbe condutores que tenham consumido qualquer dose de bebida alcoólica, tanto em vias urbanas, quanto em estradas rurais. Porém, para o período de indefinição, vale um decreto que permite aos motoristas, por enquanto, apresentar até dois decigramas de álcool por litro de sangue. Isso é o equivalente a um cálice de vinho para uma pessoa de 80 quilos. Uma taça de vinho significa um teor alcoólico, de dois a três decigramas por litro de sangue, o que configura infração, mesmo com a margem de tolerância que vai valer nos primeiros tempos da lei.
O que nos envergonha é que a própria família incentiva o consumo de alcoólicos. O número de jovens que dirige sob a influência do álcool é surpreendente, conforme nos revelam as pesquisas. Os jovens, de hoje, têm grande dificuldade em lidar com limites, e, por essa razão, a faixa etária dos que abusam do álcool diminuiu. Há dez anos, o alcoólatra de 40 anos começava a beber aos 17 ou 18 anos. Hoje, aos 12 ou 13. Isso significa que, daqui a uma década, teremos alcoólatras graves de, apenas, 35 anos, no auge da vida produtiva. É pertinente dizer que, se a pessoa beber dois chopes, a presença do álcool vai ser detectada pelo bafômetro, de três a seis horas, depois do consumo. Quantidades maiores podem ser registradas, até 12 horas, após a ingestão. Nada adianta driblar o agente de trânsito ou o bafômetro, com velhas e conhecidas artimanhas, como, por exemplo, tomar café, banho frio ou correr. Nada tira o efeito do álcool. Para isso, o único jeito é esperar que as horas passem ou não beber coisa alguma.
O adolescente se expõe, hoje, muito mais às hipnoses das bebidas da moda. Está se formando uma geração de dependência do álcool. Além de comprometer a saúde, há os riscos por dirigir embriagado. A violência é explícita e os traumatismos decorrentes de acidentes, por abuso do álcool, é a conseqüência. Existem mais de cem mil alcoolistas só em Brasília e boa porcentagem desse universo é constituído de jovens com menos de 17 anos de idade. Atualmente, o alcoolismo é o mais importante problema de saúde pública no Brasil.
O ideal é que não haja, na face da Terra, pessoas consumindo alcoólicos. Isso é possível, desde que queiram livrar-se desse mal. Para se adaptarem aos processos da educação, necessitam do esforço continuado (disciplina). Todas as conquistas do espírito se efetuam na base de lições vivificadas. O homem não se conserva no vício, senão porque quer permanecer nele; aquele que queira corrigir-se sempre encontrará recursos para se libertar dessa condição inferior. Se não fosse dessa forma, inexistiria, para nós, a lei do progresso, conforme demonstram os princípios espíritas.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

MAIS ALÉM


Não basta que sua boca esteja perfumada. É imprescindível que permaneça incapaz de ferir.

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É importante que suas mãos se mostrem limpas. É essencial, no entanto, verificar o que fazem.

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Bons ouvidos são, certamente, um tesouro. A Justiça Divina, porém, desejará saber como você ouve.

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Excelente visão é qualidade louvável. Todavia, é interessante notar como você está vendo a vida.

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Possuir saúde física é reter valioso dom. Mas é necessário considerar o que faz você do corpo sadio.

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Raciocínio claro é virtude. Entretanto é imperioso observar em que zona mental está você raciocinando.

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Bela imaginação é trazer consigo maravilhoso castelo. Convém reparar, porém, com que imagens você povoa o seu palácio interior.

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Grande emotividade é característico de riqueza íntima. Contudo, é preciso saber como gasta você as emoções.

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Possibilidades de produzir intensamente são recursos preciosos. No entanto, é imprescindível conhecer a substância daquilo que você produz.

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Capacidade de prosseguir, vida afora, lepidamente, é uma bênção. Não se esqueça, todavia, da direção que seus pés vão tomando através dos caminhos.

Livro: Agenda Cristã
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

PENSAMENTOS


“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que épuro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” — Paulo. (FILIPENSES, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 8.)
Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.
É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.
Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XX / Missão dos Espíritas

"Sim, vós todos, homens de boa fé, que credes na vossa inferioridade e olhais os mundos dispostos no infinito. Parti em cruzada contra a injustiça e a iniquidade... Ide, Deus vos conduz! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, e as populações atentas acolherão com alegria as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e paz."
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Obrigado pela visita, e volte sempre!


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LEIA KARDEC