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27/07/2008

JUVENTUDE E O VELHO CONCEITO DE FELICIDADE


Comecemos o assunto, traçando algumas situações que nos provoquem uma análise madura sobre o conceito de felicidade. Na obra O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, encontramos, no Capítulo III, um comentário bastante oportuno. Vejamos: "se se encontrarem em um concerto dois homens, um, bom músico, de ouvido educado, e outro, desconhecedor da música, de sentido auditivo pouco delicado, o primeiro experimentará sensação de felicidade, enquanto o segundo permanecerá insensível, porque um compreende e percebe o que nenhuma impressão produz no outro". A felicidade é uma sensação, um estado de espírito.
Lin Yutang conta que um velho vivia com seu único filho, em um forte abandonado. Certo dia perdeu o seu cavalo, que lhe era um arrimo precioso. Os vizinhos, condoídos, vieram expressar-lhe o pesar pelo infortúnio. -"Como sabeis que é má sorte"? Obtemperou o ancião, aos visitantes.
Aconteceu que, poucos dias depois, o cavalo fujão regressou e trouxe, em sua companhia, uma verdadeira cavalhada. Os vizinhos vieram felicitá-lo por ter, surpreendentemente, ganho tantos cavalos, quando arriscou perder, unicamente, o seu. "Como sabeis que é boa sorte"? Redargüiu, novamente, o velho, tornando-se frio às efusivas felicitações.
Pois bem, o seu filho, excitado diante de tantos cavalos, desejou experimentar todos, com ansiedade, e fez tantas artes que caiu e quebrou uma perna. Apareceram, novamente, os vizinhos, apresentando-lhe os sentimentos, por tão desagradável acontecimento - "Como, ainda, sabeis que se trata de má sorte"? Vociferou o velho.
Eis que, poucos dias depois, estourou a guerra. Como seu filho estava com a perna quebrada, não foi convocado, deixando de padecer nas frentes de batalha e de morrer, estupidamente.
A atitude do velho, na história de Yutang, destaca a necessidade das referências essenciais para abalizarmos o conceito de relativa felicidade. No natural imediatismo da imaturidade, o jovem mergulha inteiro na busca das falazes conquistas que venha a despertar prazer, quase sempre ligado à libido, embrenhando-se nos cipoais das amarguras morais, que demandam longo tempo para cicatrizarem.
Que relação podemos apresentar ao jovem sobre os elementos de causa e efeito dos atos impensados e desregrados? O processo científico e tecnológico, em que pese as maravilhas que propiciou ao homem contemporâneo, criou os mais complexos meios de divulgação que, associando-se à ausência de uma moral sólida, geraram um vasto mecanismo de publicidade em torno das fraquezas juvenis, mormente as ligadas ao sexo. Observemos que a invasão dos filmes pornográficos, novelas imorais, propagandas levianas, revistas especializadas e músicas erotizantes estão poluindo a estrutura mental do jovem incauto. Nesse contexto, a juventude que busca a felicidade, sem padrões definidos pelo comportamento sadio, projeta-se em uma perspectiva cada vez mais próxima da derrocada dos valores éticos da sociedade.
Segundo o conceito espírita, pode-se afirmar que a felicidade é uma utopia, a cuja conquista as gerações se lançam, sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste Mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 20). O Cristo também estabeleceu que "a felicidade não é deste mundo", e o homem deve viver no mundo sem pertencer a ele.
Quanto ao jovem, urge superar os instintos, sublimando-os com as conquistas da razão, até, porque, necessariamente, não é "feliz" o homem em possuir ou deixar de possuir, mas pela forma como possui ou como encara a falta da posse, consoante ilustra Joanna de Ângelis.
A vida não passou em vão nos caminhos da jovem Florence Nightingale, a famosa "Dama de Lâmpada", que, renunciando à posse material (era rica), afastando-se do convívio do fausto da sociedade inglesa, deliberou abraçar, voluntariamente, a árdua tarefa de cuidar das vítimas da Guerra da Criméia, no Século XIX. Teve a oportunidade de encontrar a felicidade espiritual, por cuidar dos feridos de guerra, salvando inúmeras vidas, em nome do amor, deixando plantada na Terra a portentosa semente, que foi regada por Henri Dunant "Pai da Cruz Vermelha Internacional".
Em um mundo em que se chega a gastar oitocentos bilhões de dólares, por ano, na compra de armamentos, no chamado período de "paz", o que equivale a um gasto de um milhão e quatrocentos mil dólares, por minuto, nesse mesmo minuto, trinta crianças morrem de fome. Mais de trinta milhões de pessoas morrem de fome, por ano, segundo o presidente da Confederação Internacional de Crédito Agrícola, ao tempo em que um milionário compra, em um leilão, tacos de golfe, por quase um milhão de dólares. No Brasil, onde, aproximadamente, trinta milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais, como neuroses, índices bastante acentuados de pessoas com epilepsia, psicoses várias, esquizofrenia, além de seis milhões de alcoólatras, é fácil entender por que "a felicidade é um sentimento que a gente sente, quando sente que vai sentir um sentimento, que jamais sentiu"(?!...)
A mentora de Divaldo ensina que a felicidade é mediata, vazada na elaboração das fontes vitais da paz de todos, a começar hoje e nunca terminar, até porque, a alegria de fazer alguém feliz é a felicidade em forma de alegria.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XX / Missão dos Espíritas

"Sim, vós todos, homens de boa fé, que credes na vossa inferioridade e olhais os mundos dispostos no infinito. Parti em cruzada contra a injustiça e a iniquidade... Ide, Deus vos conduz! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, e as populações atentas acolherão com alegria as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e paz."
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