Temos a despretenciosa e exclusiva finalidade de divulgar a nossa Doutrina Espírita. Oferecendo aos visitantes amigos links úteis sobre, noções básicas do Espiritismo, download de livros e palestras, biografia e história de Allan Kardec, endereços de Casas Espíritas, federações, artigos diversos, etc. Disponibilizamos também o "Espaço Francisco Cândido Xavier", contendo a sua história e biografia, livros psicografados, bibliografia, entrevistas, frases e ensinamentos, poesias, fotos e videos diversos.

30/08/2008

A PALAVRA DE ORDEM É: PERDOAR


Quase sempre quando nos sentimos injuriados, nossa tendência é aumentar o fato que nos desagradou. Se fomos ofendidos por esse ou aquele motivo, quase sempre encapsulamos o desejo de desforra e mantemos o "link" mental com as forças poderosas das trevas, que somadas a outras tantas potencializam as sombras de nossos desagravos.
Diante disto , predominam os núcleos formados pelo egoísmo e pelas paixões primitivas, porque nossos corações são duros e cremos que estamos sempre com razão. E quanto mais arraigados nesta certeza, mais esforço será necessário para que despertemos para a real necessidade do perdão. Mister tentemos entender o que ocasionou a ofensa. Por vezes, fomos nós mesmos os promotores dela, por algo que tenhamos dito ou feito.
Há casos e casos. A indignação é sentimento que, às vezes, se torna necessário diante da atitude descabida de alguém. Tal atitude não deve assumir, porém, o caráter da agressão nem do revide, devendo , sem dúvida, ser manifestada para que o outro perceba as conseqüências de seus atos. Contudo, em várias ocasiões , por gostar muito de alguém , relevamos suas atitudes inadequadas para conosco e com outros, confundindo os sentimentos e perdoando quando caberia a repreensão e advertência obrigatória.
Até porque perdão não significa conivência com o erro. O bom senso sussurra que atitudes como essas, isto é, perdoar e desculpar sem limites, incita o outro à prática do mesmo ato reprovável. Isto não é amor, mas, subserviência ou omissão.
Perdoar coisas leves contra nós mesmos é relativamente fácil, porém quando se trata de algo mais sério como um assassinato, um estupro, uma infidelidade conjugal por exemplo, a dificuldade de superação da mágoa aumenta consideravelmente. Por isso que a Doutrina Espírita leva refletir, que o perdão será sempre o sentimento que nas superações pessoais transcendem ao próprio ser.
Devemos dar o direito de a pessoa ser agressiva, mas não nos dar o direito de revidar a agressão. A raiva é semelhante a um raio. Pode provocar danos graves. É inesperada. Mas o rancor é calculado. É necessário que aprendamos a colocar um pára-raio e evitemos os tóxicos deste sentimento negativo. No entanto, esquecer ofensa depende da nossa memória. Muita coisa queremos esquecer e simplesmente não esquecemos. Sentimos o impacto e não temos como evitar a raiva, é fisiológico, reagimos no momento. Mas conservar a mágoa é da minha vontade. Se eu conservar a mágoa tenho um transtorno psicológico, sou masoquista, gosto de sofrer. Como seres emocionais sentimos o impacto da agressão, mas não devemos nos revoltarmos, e trabalhemos para esquecer.
Perdoar não é esquecer por esquecer. É compreender e colocar-nos no lugar do outro. O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e auto-superação. São claras as palavras de Jesus no evangelho de Mateus: "Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem e caluniam;". Jesus trata de uma das mais complexas dificuldades do ser humano: perdoar a quem nos ofende.
Desenvolvemos muitas doenças por que não conseguimos perdoar, isto é, cristalizamos nas mágoas os processos de vindita através das idéias obsessivas, cujas causas deslocam-se do campo íntimo em desarmonia exteriorizando-se no somático. Em verdade os estados mentais enfermos serão invariavelmente refletidos no corpo físico através de variada sintomatologia seja no ódio, no rancor, resultando, por via de conseqüência, em nossa prisão a influências inferiores, engendrando uma cadeia mórbida de patologias devastadoras.
O espírito de Manoel P. Miranda diz que "o ódio é fruto do egoísmo, do personalismo magoado, e Kardec comenta no Evangelho segundo o Espiritismo que "O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima do mal que lhes quiseram fazer."
Pesquisas modernas indicam que o ato de perdoar pode aplacar a tensão, reduzir a pressão sanguínea e diminuir a taxa de batimentos cardíacos. Perdoar, portanto, não é somente uma questão de conquista emocional e espiritual, é também uma questão de saúde. O Evangelista Mateus narra a passagem em que Jesus disse: "Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: 'Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?' - Respondeu-lhe Jesus: 'Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes".
Não resta dúvida que aprendendo a perdoar, estaremos promovendo nosso crescimento espiritual. A condição do verdadeiro perdão é o esquecimento. Mas não podemos deixar-nos encharcar de hipocrisia ao ponto de dizermos que já conseguimos isso com todos os que nos ofendem.
É certo que para nossas aparências sociais "o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o Espírito Evangelizado, perdão e esquecimento devem caminhar juntos embora prevaleça para todos os instantes da existência a necessidade de oração e vigilância. Aliás, a própria lei da reencarnação nos ensina que só o esquecimento do passado pode preparar a alvorada de redenção".
O Evangelho Segundo o Espiritismo no capítulo X dá a dimensão do perdão, na sua forma mais simples e mais agradável a Deus, levando-nos a refletir nas palavras do Mestre registradas por Mateus entre as Bem-Aventuranças: "Se perdoares aos homens as faltas que cometeram contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, si não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados". Jesus, aconselhou amar os nossos inimigos no enfoque de não devolver com a mesma moeda aquilo que nos foi desferido. Oferecendo, porém, a outra face, a face do bem, pois assim cortar-se-ia pela raiz os sentimentos de vingança.
Cabe aqui um registro de grande importância é o exercício do perdão na intimidade familiar. Não podemos perder de vista a suprema necessidade do perdão em família. Precisamos muito mais do perdão, dentro de casa, que na ribalta social, e muito mais de apoio recíproco no ambiente em que somos chamados a servir, que nas veredas ruidosa do mundo. E se Jesus nos ensinou perdoar setenta vezes sete aos nossos inimigos, quantas vezes deveremos perdoar aos amigos (familiares) que nos entretecem a alegria de viver dentro do ambiente doméstico?
Portanto, aconteça-nos o que acontecer, não cedamos, nunca, a pensamentos de rancor e de vingança; isto poria em ação forças destrutivas que, mais cedo ou mais tarde, reagiriam contra nós mesmos. Certamente, os agravos que nos façam não ficarão impunes, mas deixemos a cargo do Criador a justa correção.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

PENSAMENTOS


Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.
É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.
Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

ANTES DE SERVIR


Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados. A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta.
Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo.
A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza.
Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos. Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos.
O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir. Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal.
Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando. Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.
Podes começar hoje mesmo.
Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início. Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.

Livro: Pão Nosso
Espírito: Meimei
Médium: Francisco Cândido Xavier

23/08/2008

FENÔMENOS DO ARREPENDIMENTO EM FACE DA CULPA E DA EXPIAÇÃO


Para o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda Ferreira "arrependimento" é uma insatisfação causada por violação de lei ou de conduta moral, e que resulta na livre aceitação do castigo e na disposição de evitar futuras violações. Essa é a definição da ética, e se refere mais particularmente à lei e à moral humanas. No aspecto religioso definine-se pela intensificação dos matizes de remorso que se instala na consciência ao ensejo de erro cometido e que pode impulsionar ao desiderato de mudança de comportamento e ao desejo de penitenciar-se.
Pela invigilância precipitamos nas síndromas de culpa [considerada aqui como uma falta voluntária a uma obrigação, ou a um princípio ético] irrompendo de súbito o remorso tisnado de múltiplos aspectos, impondo manchas de sombra à tessitura sutil do perispírito. Este estado de contrição, incessantemente potencializado pelo pulsar das reminiscências denegridas, consubstancia-se num vórtice mental, intoxicando-nos, pouco a pouco, espraiando ao nosso redor um halo contaminado pela desarmonia íntima, corrompendo, não raro, a psicosfera espiritual de quem compartilha nossa companhia. Este fenômeno psíquico se constitui do martírio da consciência e, por essa razão, densas e sombrias forças de angústias se insinuam.
Diversas pessoas moderadas, muitas vezes, por invigilância, tornam vítimas quase inermes do pensamento impetuoso, tornando-os mais acicatados na consciência do que os imprudentes. Muitas vezes sob o guante da excitação momentânea, que caracteriza a impulsividade, deixam-se abater por inconsolável arrependimento ,dando azo a um angustioso impacto de inquietação da consciência ante a condição tardia para desfazer o equívoco consumado.
É importante também sabermos que após cometermos um erro conscientemente, este pode propagar em nós a possibilidade de reabilitação, razão pelo qual não devemos nos entregar apáticos ao desalento ou remorso anestesiante. Por todos os motivos possíveis precisamos nos acautelar contra as atitudes intempestivas. Fujamos dos propósitos inferiores sob pena de mais tarde inevitavelmente sermos consumidos pela aflitiva sensação de contrição psíquica.
Ajuizemos quanto à direção dos próprios passos, de maneira a evitarmos o nevoeiro da aflição sob o acicate do pesar profundo que permanecerá em nós, advertindo sobre o mal praticado. Urge, desse modo, a busca do autoperdão, da auto-aceitação, da auto-estima estimulado pelo esforço de reequilibro espiritual, a fim de minimizar os reparos dos danos causados.
Os reveses da vida física podem significar penitências dos equívocos do passado e, ao mesmo tempo, experiências provacionais presentes, delineando o porvir. Desse modo, depreende-se que da dimensão de tais desventuras se possa inferir qual gênero foi a jornada reencarnatória anterior. Freqüentemente é isso possível, pois que cada um é corrigido naquilo por onde errou. Todavia, não há como interpretar daí uma regra universal. As tendências e fortes pendores instintivos constituem indício mais seguro, posto que os testemunhos por que passa o Espírito o são, tanto pelo que tange ao passado, quanto pelo que toca ao futuro.
Consoante as lições kardecianas , a duração da expiação, para qualquer transgressão, é indeterminada e está atrelada ao arrependimento do culpado com o conseqüente retorno ao bem. A punição permanece de acordo com a obstinação no mal, e seria infindo se a obstinação fosse permanente ; e de rápida duração se o arrependimento surge imediatamente. Diante disso, e como a consciência nunca dorme, somos constrangidos a ser juizes da própria sorte, podendo abreviar o suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Nossa felicidade, ou infelicidade depende da vontade de fazermos o bem. E, nesse contexto, a submissão paciente aos sofrimentos da vida é atitude de alto relevo para a consumação da quitação do débito contraído.
Nunca será redundante repetir-se que, assim como pensamos e agimos, edificaremos a existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento elegido. Suportar a dor da culpa e aproveitá-la para meditar, para orar, para se aproximar de Deus é a expressão da sabedoria, até porque Jesus nunca nos abandona, e espera de nós a atitude mais austera e sincera. Sofrendo a punição, que suplanta o orgulho, o egoísmo podemos ter a certeza de estarmos galgando superiores degraus na escala do crescimento espiritual.
Lembremo-nos, em suma, do ensinamento do Mestre, "vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda". Arrostemos, pois, o tormento do remorso, da consciência culpada, com denodo, resignação e sobretudo comprometidos com a reforma íntima. É tarefa fácil?... não! É difícil?... bastante! Um dos grandes desafios para nós. Mas é justamente no momento de acérrimas expiações que demonstramos ao Senhor da Vida a expressão do avanço moral sob o influxo da resignação que nos conduzirá à placidez da consciência retificada.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

NÃO SOMENTE


"Nem só de pão vive o homem".- Jesus. (MATEUS. 4:4).
Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.
Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.
Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.
Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.
Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável.
Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.
Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.
Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.
Não apenas flores, mas também frutos.
Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa.
Não só teoria excelente, mas também prática santificante.
Não apenas nós, mas igualmente os outros.
Disse o Mestre: - "Nem só de pão vive o homem".
Apliquemos o sublime conceito ao imenso campo do mundo.
Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever,
mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos
sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.

Livro: Fonte Viva
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

A FUGA


"E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado." - Jesus.
(MATEUS, 24:20.)
A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa. Para que alguém se
retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
Raramente, porém, a vitima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
Muita vez, é preciso violentar o próprio coração. Somente assim demandará novos planos.
Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral,
salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega o "inverno" ou os derradeiros recursos de tempo, recebidos para o
serviço humano.
Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades. Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas. Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão. E, naturalmente, o servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na segunda-feira, será obrigado a
recapitular a tarefa, sabe Deus quando!

Livro: Vinha de Luz
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

16/08/2008

ESPIRITISMO, MANANCIAL DAS ETERNAS VERDADES


Na Renascença, os grandes pensadores criticaram e questionaram a autoridade da Igreja de Roma, pelo fato de a produção intelectual, em sua grande parte, expressar uma dimensão religiosa. Em contraposição, buscaram a apropriação do conhecimento, partindo da observação objetiva da natureza, pela investigação experimental; em seguida, derivar conclusões, pela constatação, e, por fim, formulada a teoria, explicar e demonstrar a realidade observada, decorrendo uma ligação entre ciência e técnica racional. A primeira grande descoberta, da então ciência moderna, de que se tem notícia, foi a teoria da 'gravitação universal' de Isaac Newton, posteriormente às leis planetárias de Johannes Kepler e à lei da 'queda dos corpos' de Galileu Galilei. No Século XX, Albert Einstein, partindo de outros pressupostos das teses newtonianas, sobre gravitação universal, concluiu pela teoria 'da relatividade', uma abordagem diferente sobre as realidades do micro e do macrocosmo.
A clássica física era considerada a chave das respostas da vida do mundo material, estribada no determinismo mecanicista. Na década de 1920, as descobertas de Louis-Victor Broglie, no campo da física quântica, imprimem um novo sentido ao pensamento científico. Nesse momento, o físico alemão, Werner Karl Heisenberg, formula o princípio 'da incerteza' e, com ele, irrompe-se um 'irracionalismo' na ciência, que redimensionou a distância do homem ante as realidades da vida.
Os cientistas já não podiam mais proclamar que nada existia na vida que a ciência não pudesse explicar e que todas as coisas, fenômenos e ocorrências poderiam ser esclarecidos através de causas naturais. Em meio a essas discussões, surge Allan Kardec, que, inspirado pelos espíritos luminosos, sentenciou : Fé verdadeira é a que enfrenta frente a frente a razão em qualquer época da Humanidade, respondendo aos enigmas que insistiam em desafiar as inteligências, mesmo daqueles que confiavam nos determinismos tecnicistas do nec plus ultra dos muros acadêmicos.
Afinal, quem somos? Por que nascemos? Donde viemos e para onde vamos, após a desencarnação? Eram questões que o cientificismo, de então, não respondia. Desse modo, a revelação dos espíritos, numa hora de descobertas científicas e de desequilíbrios morais, trouxe luz à própria ciência, enceguecida momentaneamente pelos excessos da ritualística academista dos seus arautos. Os preceitos espíritas consubstanciam-se no manancial mais expressivo das verdades eternas. A sua missão perpassa pelo processo de reerguimento do edifício desmoronado da crença cristã. Suas lições nos remetem às mais profundas reflexões sobre a ciência evangélica, demonstrando que a maior força de convencimento está nas obras edificantes realizadas e no bom exemplo moral dos seus seguidores.
Sabemos que a clonagem, as viagens espaciais, a cibernética e a genética se acoplam ao processo de novas buscas científicas para o aperfeiçoamento das espécies, animal e vegetal, não ferindo as leis naturais, uma vez que temos que dispor de muito empenho na conquista da perfeição, e para a qual tende a própria natureza. Nesse desiderato, Deus se serve desse esforço cultural do homem, para o próprio homem.
O Espiritismo é o elo de ligação entre ciência e religião, ao mostrar as relações entre o mundo espiritual e corporal. A fé inteligente vencerá esse materialismo dominador, resultante de uma ciência capenga e uma religião cega. Há prenúncios de uma significativa revolução moral, sinalizando uma nova era para a Humanidade, e, nesse sentido, as relações sociais modificar-se-ão, sob o signo do verdadeiro progresso.
Distantes dos conflitos ideológicos, conseqüentes de discussões estéreis no campo intelectual, com o objetivo de endeusar o racionalismo, para justificar "certezas" das nomeadas ciências exatas, que se contrapõem às conhecidas ciências humanas, as lições do Cristo, como 'ciência da alma', irão representar o asilo dos aflitos, para os que ouvirem aquela misericordiosa exortação: Vinde a mim, vós que sofreis e tendes fome de justiça e eu vos aliviarei. Porém, para esse alívio, urge que estejamos dispostos a acompanhar o Mestre, tomando-Lhe a cruz e seguir-Lhe os passos.
Urge reconhecer, dessa forma, que a gênese de todas as religiões e de todas as ciências da Humanidade está no Coração Augusto de Jesus. Não queremos, com essa afirmação, divinizar sectariamente o "Príncipe da Luz", mas, apenas, lembrar a Sua majestosa ascendência sobre o Orbe que nos abriga.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

EIA AGORA


"Eia agora, vós que dizeis... amanhã.. ." - TIAGO, 4:13
Agora é o momento decisivo para fazer o bem.
Amanhã, provavelmente...
O amigo terá desaparecido.
A dificuldade estará maior.
A moléstia terá ficado mais grave.
A ferida, possivelmente, mostrar-se-á mais crescida de extensão.
O problema talvez surja mais complicado.
A oportunidade de ajudar não se fará repetida.
A boa semente plantada agora é uma garantia da produção valiosa no porvir.
A palavra útil pronunciada sem detença, será sempre uma luz no quadro em que vives.
Se, desejas ser desculpado de alguma falta, aproxima-te agora daqueles a quem feriste e revela o teu propósito de reajustamento.
Se te propões auxiliar o companheiro, ajuda-o sem demora para que a benção de teu concurso fraterno responda às necessidades de teu irmão, com a desejável eficiência.
Não durmas sobre a possibilidade de fazer o melhor.
Não te mantenhas na expectativa inoperante, quando podes contribuir em favor da alegria e da paz.
A dádiva tardia tem gosto de fel.
"Eia agora" - diz-nos o Evangelho, na palavra apostólica.
Adiar o bem que podemos realizar é desaproveitar o tempo e furtar do Senhor.

Livro: Fonte Viva
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

ALTERAÇÕES AFETIVAS


Pergunta - Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho
depois do nascimento deste? Resposta - Ao contrário: bem grande influência exercem.
Conforme dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros.
Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela
educação. Constitui-lhes nisso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho Item n° 208, de "O livro dos Espíritos".
Muito comum se alterem as condições afetivas, depois que o navio do casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da experiência. Converte-se, então, a esperança em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia. Em muitos casos, a altura da afeição permanece intacta; entretanto, na maioria das posições,
arrefece o calor em que se aquecia o casal nos dias primeiros da comunhão eponsalícia.
Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de soçobro, seja pelo choque contra os
rochedos ocultos das dificuldades morais ou pelo naufrágio nas águas mortas do desencanto. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na
escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia por dia. Não se inquiete o par, à frente das modificações ocorridas, de vez que toda afinidade correta, nas emoções do plano físico, evolui fatalmente para a ligação ideal, a exprimir-se na ternura confiante da amizade sem lindes. Extinta a fogueira da paixão na retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos destinos na Vida Superior. Isso acontece, porque os filhos que surgem são igualmente peças do matrimônio, compelindo o lar a recriar-se, de maneira incessante, em matéria de instituto endereçado ao trabalho de assistência recíproca. O carinho repartido, em princípio, a dois, passa a ser dividido por maior número de partícipes do núcleo familiar, e esses mesmos condomínios do estabelecimento caseiro, em muitas circunstâncias, são os associados da doce hipnose do namoro e do noivado, que mantinham nos pais jovens, ainda solteiros, a chama da atração entusiástica até a consumação do enlaçamento afetivo. Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora mais fortemente ao pai, ora mais especialmente ao campo materno, interessavam-se na Vida Maior pela constituição da família, à face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda. Em vista disso, cooperaram, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa, pelos processos da gravidez e do berço, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida. Em toda comunhão mais profunda do homem e da mulher na formação do grupo doméstico, seguida de filhos a lhes compartilhar a existência, há que contar com a sublimação espontânea do impulso sexual, cabendo ao companheiro e à companheira que o colocaram em função aderir aos propósitos da vida, que tudo renova para engrandecer e aperfeiçoar. Conquanto bastas vezes sejamos recalcitrantes na sustentação do amor egoístico, desvairado em exigências de toda espécie, a pouco e pouco acabamos por entender que apenas o amor que sabiamente se divide, em bênçãos de paz e alegria para com os outros, é capaz de multiplicar a verdadeira felicidade.

Livro: Vida e Sexo
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

10/08/2008

VIOLÊNCIA URBANA


O tráfico de drogas é um crime globalizado e desencadeia muitos outros crimes, tais como furtos e roubos, cujos índices demonstram que crescem a cada dia, principalmente entre seus usuários. As estatísticas mostram, igualmente, que a violência cresce à medida que aumenta a distribuição de drogas em determinadas regiões. Os governos deveriam ter um importante papel nessa questão das drogas, ou seja, saber aliar medidas de repressão a alternativas outras para os jovens, e promover o desenvolvimento social nessas áreas. É mister reprimir os criminosos, obviamente. Porém, junto a isso, urge o envolvimento, também, da sociedade em todo esse contexto, nas áreas onde eles atuam. Até porque, grande parte das dificuldades para controlar a criminalidade, deve-se à falta de investimento em programas culturais, em atividades esportivas e em áreas de lazer para esses jovens, e, fundamentalmente, a falta de infra-estrutura por parte do Estado.
Desse modo, a ausência do Estado forja os líderes do crime que "governam" as comunidades com as suas próprias "leis". É importante que todo governante invista em projetos de asfaltamento de ruas, ampliação da iluminação pública, recuperação das praças, construção de escolas e postos de saúde, controle dos horários dos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas nos locais mais afetados pela criminalidade. São medidas eficazes para reduzir a barbárie da violência urbana.
Infelizmente, a violência se fixou em caráter permanente em vários pontos do planeta. Em face disso, presenciamos os estertores urbanos das batalhas bélicas que têm aniquilado as bases da racionalidade humana.
Segundo noticiários mais recentes, o Rio de Janeiro vive uma situação muito semelhante à cidade de Medellín, na Colômbia dos anos 90. Os narcotraficantes controlam os territórios das favelas, e o aparelho policial do Estado tem extrema dificuldade em combatê-los, seja pela falta de coordenação entre os governos, nas suas diversas esferas, seja entre as polícias civil, militar, federal e as guardas municipais, ou, ainda, pela corrupção da própria polícia, etc. Lembramos que, nos anos 90, Bogotá, na Colômbia, era considera uma das cidades mais violentas do mundo, e conseguiu reduzir em 70% seu índice de violência urbana, em face das medidas sócio-educativas ali empreendidas.
O problema das drogas tornou-se uma calamidade pública, ceifando milhares de vidas e movimentando, interna e externamente, um dinheiro incalculável. Porém, por mais que o governo e a polícia combatam traficantes, nada será eficaz para lutar contra as drogas, senão a prática do Evangelho dentro do princípio do amor a Deus e ao semelhante.
Em nosso País, as penitenciárias, de hoje, lembram bastante as masmorras medievais. Os cárceres, atualmente, não servem para educar, pelo contrário, neutralizam a formação e o desenvolvimento de valores intrínsecos, estigmatizando o ser humano. As penitenciárias vêm funcionando como máquinas de reprodução da criminalidade. Tudo agravado pelo péssimo ambiente prisional, pela ausência de atividades produtivas e pela superlotação carcerária. Fatos esses que nos levam a testemunhar, pela mídia, as mais cruéis cenas de refrega entre criminosos e policiais, sobretudo no Rio de Janeiro e em São Paulo.
É evidente que as prisões são necessárias à detenção do infrator violento e perigoso, que se constitui em ameaça concreta para a sociedade, porém, ao infrator de menor potencial ofensivo, sem características de violência, devem ser aplicadas as "penas alternativas", lamentavelmente, ainda, muito pouco aplicadas no País. Em verdade, a violência de todos os matizes deslustra as conquistas sociológicas deste século. A brutalidade humana tem esmaecido o caminho para Deus. Até mesmo muitos de nós, espíritas, condenamos a violência alheia, no nosso dia-a-dia, ao invés de agirmos de forma pacífica e fraterna. Somos quais títeres, reagindo sempre de acordo com o que motivou a nossa indignação.
Analisando este quadro, fica explícita a condição de nosso mundo de expiações e provas, que se caracteriza pelo "domínio do mal". É necessário que identifiquemos, com mais profundidade, os agentes determinantes desse processo, para podermos intervir com racionalidade em nossa esfera de ação.
Quem estuda o Espiritismo, e se esforça por praticar seus preceitos, vê-se melhor instrumentalizado para a vida em sociedade nos tempos atribulados em que vivemos, encontrando conceitos lógicos e racionais para o entendimento da vida numa visão evangélica consciente. Os postulados Espíritas são antídotos para a violência, posto que quem o conheça, sabe que não se poderá eximir das suas responsabilidades sociais, e que o seu futuro será uma decorrência do presente. Nesse contexto, devemos considerar que o espírita-cristão deve se armar de sabedoria e de amor, para atender à luta que vem sendo desencadeada nos cenários da sociedade, concitando à concórdia e ao perdão, em qualquer conjuntura anárquica e perturbadora da vida moderna.
Torna imprescindível praticarmos o Evangelho nos vários setores da sociedade, contribuindo com a parcela de mansidão para pacificá-la. O homem moderno ainda não percebeu que somente a experiência do Evangelho pode estabelecer as bases da concórdia, da fraternidade e constituir os antídotos eficazes para minimizar a violência que ainda avassala a Terra.
As Casas Espíritas, como Prontos-Socorros espirituais, muito podem contribuir no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas, nas duas dimensões da vida, através de medidas que os incentivem ao estudo das Leis de Deus. O Centro Espírita, além de estimular as famílias à prática do Evangelho no Lar, oferece recursos socorristas de tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada, atendimento fraterno (trabalho assistencial que enseja o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, com fundamentação doutrinária a todos, indistintamente).
Destarte, intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Casas Espíritas, que nos casos de maior gravidade dos nossos assistidos, encaminhamos às instituições espíritas de socorro específico, clínicas, sanatórios, hospitais, etc.
Que nossas Casas Espíritas estejam sempre em sintonia com os ensinamentos das Obras Básicas e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

CULTIVA A PAZ


"E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela
voltará para vós." - Jesus. (LUCAS, 10:6.)
Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam,
voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência?
quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as íeis eternas.
Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
Exigem que a tranqüilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.
Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.
Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano
superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

Livro: Vinha de Luz
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

PRESENTES DE AMOR


Quando você houver beneficiado a alguém Consolide sua bondade sobre a dádiva que fez para que você não humilhe quem a recebe.
Não se oponha contra quem fale pelo simples prazer da contradita.
Preste uma informação sem desprimorar quem a solicita.
Converse sem desejar parecer maior ou melhor que os circunstantes.
Habitue-se a evitar confrontações para não ferir as suscetibilidades de quem ouve.
Tolere o apontamento menos feliz de algum amigo sem irritação e sem revide.
Cultive a paciência nos momentos difíceis, abstendo-se de agravar tribulações e problemas.
Não tente o coração alheio com promessa que não deseje e nem possa cumprir.
Atenda ao bem pela alegria de servir sem cobrar tributos de gratidão.
Não exija a cooperação dos outros em tarefas quevocê possa realizar por si mesmo.
Espalhando esses presentes de amor estará você efetuando na organização cambial da vida os seus melhores investimentos de Paz e Felicidade.

Livro: Respostas da Vida
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

03/08/2008

AS MUITAS FACES DA OBSESSÃO


Dentre as muitas psicopatologias graves de origem obsessiva, que afetam a infância, a mais constrangedora apresenta-se, principalmente, quando os desencarnados adversários acompanham a criança e, pelo sono, apresentam-se espiritualmente, no instante do parcial desprendimento, fazendo-a recordar dos deslizes morais de ontem, razão pela qual recua para o corpo, sob pesadelos atrozes, aos gritos e temores, que, com as perseguições futuras, as fixações enfermiças vão se instalando, transformando-se em lastimáveis subjugações.
A criança obsidiada apresenta comportamento diferente, incontrolável, mostrando-se ora agressiva, ora depressiva e, muitas vezes, tentando a autodestruição. Nesses casos, o mecanismo terapêutico é muito complexo, em face de uma enorme ausência de cooperação consciente do enfermo infantil. O passe magnético é recomendável, por envolver o doente em vibração de bem-estar, de harmonia e, ainda, neutraliza as descargas magnéticas negativas capazes de alcançá-lo.
Outras perseguições espirituais complicadas envolvem Espíritos vingadores, conscientes da condição de desencarnados, que sabem bem o que fazem e se comprazem nisso. O afastamento dessas criaturas não é nada fácil. Dominados pelo ódio, mostram-se intransigentes, irredutíveis, cristalizados de sentimentos inferiores e são refratários a todo tipo de tentativa de esclarecimento.
Muitos obsessores são hábeis e inteligentes, perfeitos estrategistas que planejam cada passo e acompanham as "vítimas" por algum tempo, observando suas tendências, seus relacionamentos, seus ideais. Identificam seus pontos vulneráveis (normalmente na área ligada ao comportamento sexual) e as exploram impiedosos.
Os problemas de saúde física também são campos férteis para semeaduras obsessivas. Como máquina, nosso corpo se encontra sujeito a desgastes naturais, até porque muitos obsidiados não sabem usá-lo de forma correta. Nesse sentido, os perseguidores do Além sabem explorar, até que o enfermo chegue à patologia de difícil diagnóstico.
O estado obsessivo procede da intimidade do homem, exteriorizando-se em forma de tormentos físicos, mentais e emocionais. Seus ingredientes de causa remontam de vidas passadas, de escorregões e quedas morais. Paixões, ódios, fanatismo, avareza e muitos outros fatores são as fontes geradoras da obsessão, que atualmente se constitui num dos mais terríveis flagelos da humanidade. Visitado pelos obsidiados, o Cristo penetrava psiquicamente nas causas da sua inquietude, e, usando de autoridade moral, libertava, tanto os obsessores, quanto os obsidiados, permitindo-lhes o despertar para a Vida, animados para a recuperação e à pacificação da própria consciência.
O Cristo não libertou os obsidiados, sem lhes impor a intransferível necessidade de renovação íntima, nem expulsou, os perseguidores inconscientes, sem fornecer-lhes o endereço de Deus. Em qualquer processo de ordem obsessiva, a parte mais importante do tratamento está reservada ao paciente. Sua fixação em permanecer no desequilíbrio constitui entraves de difícil remoção na terapia do refazimento. A terapia espírita é a do convite ao enfermo para a responsabilidade, convocando-o a uma auto-análise honesta, de modo a que ele possa destroçar, em definitivo, suas prevaricações.
Diante das teias das perseguições espirituais, a proposta terapêutica do Evangelho é a única portadora dos elementos da legítima libertação; portanto, o Cristo é o grande libertador a Quem todos devemos recorrer, auxiliando os doentes da alma que transitam, destrambelhados, fora da massa corporal.
Em Sua permanente energia amorosa, cônscio de Sua missão, Jesus ensinou que o mais poderoso antídoto contra a obsessão é o amor, pela experiência da caridade, da abnegação e do acrisolamento dos ideais.
Enquanto as luzes dos archotes culturais parecem esmaecidas pelos desvarios sexuais; pelas substâncias psicoativas; pela sede da posse material, a Doutrina Espírita chega ao mundo, apontando novos métodos de paz para os que sofrem os ressaibos amargosos da obsessão.
Esforcemo-nos pela vigília constante, para que nos libertemos da vergasta das obsessões, no firme propósito de modificação de hábitos e atitudes negativos, ingressando no seio dos valores enobrecedores da vida pela efetiva renovação íntima.

Autor: Jorge Hessen
E-mail: jorgehessen@gmail.com

ESTÁS DOENTE?


"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará," - TIAGO, 5:15.
Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é fonte criadora.
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?
De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?
Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?
Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.
Se estás doente, meu amigo.. acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança.
Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.
Foge à brutalidade.
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.
Não manches teu caminho.
Serve sempre.
Trabalha na extensão do bem.
Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

Livro: Fonte Viva
Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

PARA AGIR MELHOR


Confie em Deus e em você mesmo para dirigir-se, mas entenda que você, por enquanto, ainda é um ser humano, sem ser um anjo.
Exercite auto-aceitação, a fim de não se marginalizar nas idealizações negativas.
Não chore sem consolo sobre as experiências que se lhe fazem necessárias, porque a lamentação repetida conduz simplesmente à solidão e a solidão, mesmo brilhante significa inutilidade e vazio.
Se você caiu em algum erro e consegue saber disso, já possue também discernimento bastante para retificar-se.
Guarde a lição do passado sem transportar consigo a embalagem dos problemas de que você a extraiu.
Compreendamos os outros nas lutas deles para sermos compreendidos em nossas dificuldades.
O tempo é um mercado de oportunidades constantes na construção que podemos aproveitar, quanto e quando quisermos.
Se você espera progresso e milagres em seu caminho não pare de trabalhar.
Garantindo saúde e paz, equilíbrio e segurança em favor da própria vida, aceite os outros tais quais são, sem alimentar inveja ou ressentimento.
Recorde os talentos que lhe inriquecem a personalidade e as bênçãos que lhe valorizam a existência e lembre-se que todo dia é momento de estender a prática do bem, esquecer o mal, aprender sempre mais e fazer o melhor.

Livro: Respostas da Vida
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XX / Missão dos Espíritas

"Sim, vós todos, homens de boa fé, que credes na vossa inferioridade e olhais os mundos dispostos no infinito. Parti em cruzada contra a injustiça e a iniquidade... Ide, Deus vos conduz! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, e as populações atentas acolherão com alegria as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e paz."
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Obrigado pela visita, e volte sempre!


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LEIA KARDEC